Carli Filho compareceu pela primeira vez diante de um juiz
- RPC TV
Em um ano, três outros casos tiveram a mistura álcool e direção
Em um ano, três outros acidentes tiveram o consumo de bebidas alcoólicas como elemento decisivo. No caso mais recente, Jéferson Dionísio dos Santos, de 18 anos, atropelou sete pessoas em Colombo, na região metropolitana. Uma mulher de 27 anos e um bebê morreram.
Outro caso aconteceu em dezembro do ano passado, quando Eduardo Miguel Abib cruzou sinal vermelho e bateu de frente a um carro ocupado por integrantes de uma igreja evangélica. Quatro pessoas morreram no local.
O terceiro caso aconteceu em outubro de 2009. Krystopher Martins Salvador Lopes, 20 anos, torcedor do Coritiba, atropelou dois torcedores do Atlético Paranaense, depois de um jogo entre as duas equipes. (Leia a matéria completa)
Assim como na fase do inquérito policial, o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho declarou no interrogatório realizado na tarde desta terça-feira (10) que não se lembra do acidente de trânsito que resultou na morte de dois jovens em Curitiba em maio do ano passado.
A audiência com Carli foi rápida e durou menos de uma hora. O interrogatório começou por volta das 14h10 e não pode ser acompanhado pela imprensa. Além dos integrantes da defesa e da acusação, apenas uma pessoa de cada família foi autorizada a assistir a audiência.
De acordo com a assistência de acusação, o ex-deputado se mostrou tranquilo e respondeu a todas as perguntas feitas pelo juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, da 2ª Vara Criminal. Ele admitiu que bebeu antes de assumir a direção do veículo dele na madrugada de 7 de maio de 2009. No entanto, declarou não se recordar do acidente, pois sofreu um forte traumatismo.
Por volta das 15h, o acusado deixou rapidamente a sede do Tribunal do Júri, no bairro Centro Cívico, e não quis falar com os jornalistas. Alguns amigos e familiares das vítimas do acidente que foram até o tribunal chamaram Carli de "assassino" no momento da saída dele.
Na chegada ao local, Carli passou despercebido. Ele entrou pelos fundos do tribunal, em um acesso secundário, mas que também é aberto ao público. As pessoas que estavam no tribunal não chegaram a perceber a movimentação.
Júri popular
O juiz Daniel Avelar informou que a decisão sobre se o ex-parlamentar será julgado em júri popular ou por um juiz singular não será anunciada nesta terça-feira. O juiz vai aguardar os depoimentos de duas testemunhas, programados para ocorrer por meio de carta precatória. Uma delas deve ser ouvida na quarta-feira (12) em São Paulo. A outra testemunha também seria ouvida na capital paulista, mas mudou de endereço. Ela teria se mudado para Blumenau, em Santa Catarina.
Estas serão as últimas pessoas que serão ouvidas nesta fase de instrução do processo. Não existe um prazo para que a justiça paulista colha os depoimentos. Depois que elas forem ouvidas, a decisão do juiz sobre o juri popular deve sair em 25 dias.
Acidente
A audiência ocorreu um ano e três meses depois do acidente de trânsito que resultou na morte de Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20. Esta foi a primeira vez que Carli Filho compareceu diante de um juiz.
No ano passado, ele foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual (quando o agente da ação assume o risco de produzir o resultado). Exames do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística comprovaram que, no momento do acidente, o ex-parlamentar estava embriagado e dirigia em alta velocidade, entre 161 e 173 km/h.
A audiência desta terça foi realizada para que Carli ficasse ciente das acusações e provas do processo.
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