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Em desuso no Paraná nos últimos anos, o estudo de "mancha criminal" tem sido base para enfrentar a criminalidade em to­­do o mundo. A própria polícia de Nova York usou esse método para iniciar a política de tolerância zero na década de 1990. De acordo com o delegado de Furtos e Roubos de Curitiba, Guilherme Rangel, as análises disponibilizadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, que não estavam sendo usadas pela polícia, voltaram a ser empregadas na prática.

Na opinião do sociólogo Luis Flávio Sapori, ex-secretário da Segurança Pública de Minas Ge­­rais, é fundamental que essas ferramentas sejam usadas a todo momento. "A polícia tem que analisar esses dados. É o que se espera de um policiamento eficiente", afirma. Segundo ele, não bastam os comandantes e delegados terem as informações enquanto os policias que estão nas ruas não conhecem os dados.

Atualização

O ex-secretário Nacional de Segurança coronel José Vicente da Silva Filho lembra que crimes contra o patrimônio são muito difíceis de se conter. "Nor­­mal­­mente, quem comete homicídio, o faz uma vez na vida. Mas furtos e roubos são cometidos todo dia", explica. Por isso, ele ressalta que o ma­­peamento criminal deve estar atualizado diariamente para possibilitar que o policiamento do dia seguinte já esteja nos locais certos. "É necessário haver mobilidade e dinamismo para acompanhar os criminosos".

Segundo o coronel, em São Pau­­lo, o governo comprou 11 mil tablets para os policiais atualizarem as informações nas horas em que os crimes ocorreram. O especialista lembra que é uma corrida de gato contra rato mesmo. "Nesse caso, o gato não pode dormir", diz.

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