Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Interina

Maria Marta Lunardon é a substituta de Sérgio Botto de Lacerda na PGE

O governo do Paraná anunciou no fim da tarde desta terça-feira o nome da secretária de Administração e Previdência, Maria Marta Lunardon, como a nova procuradora geral do Estado. A secretária é a substituta interina de Sérgio Botto de Lacerda, que ocupou a função nos últimos quatro anos e recentemente pediu demissão alegando problemas de relacionamentos profissionais dentro do governo.

Procuradora do Estado desde 1981 e especialista na área tributária e da administração, Maria Marta ocupará a função pela segunda vez e ainda acumulará o cargo de secretária. A nova procuradora geral é formada em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista em Direito Tributário, Filosofia do Direito e Direito Administrativo.

Maria Marta já atuou nas procuradorias Fiscal, Administrativa, de Execuções e da Região Metropolitana de Curitiba. Entre 1991 e 1993 foi diretora-geral da Procuradoria Geral do Estado (PGE); em 1994, foi procuradora geral. É secretária da Administração e da Previdência desde junho de 2004.

Segundo o chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, um novo procurador (a) ainda será escolhido. "A Maria Marta Lunardon é interina no cargo e vai acumular suas funções de secretária. Agora o governador Roberto Requião ganha um pouco mais de tempo para escolher um novo procurador geral", disse.

Nesta terça-feira os deputados estaduais da oposição ao governo afirmaram que vão pedir que o ex-procurador Sérgio Botto de Lacerda vá até a Assembléia Legislativa para explicar os motivos que o levaram a pedir demissão e romper com o governo.

Saída de Botto

No dia 4 de março, o então procurador geral do Paraná, Sérgio Botto de Lacerda encaminhou por fax ao governador Roberto Requião um pedido de demissão. A história sobre os motivos da saída e Botto foi confusa desde o começo e algumas versões surgiram para tentar explicar o seu rompimento com Requião.

O colunista do jornal Gazeta do Povo, Celso Nascimento, revelou trechos exclusivos do documento de demissão onde Botto afirmava não suportar mais "atos suspeitos e conflituosos de maus companheiros de governo". Uma das "razões de ordem pessoal" citadas seria a falta de explicações por parte da diretoria da Sanepar sobre o pagamento de mais de R$ 130 milhões por uma obra ainda não concluída que estava orçada em R$ 69 milhões. Além do caso Sanepar, os desdobramentos da decisão de Botto podem alcançar o ouvidor-geral do Estado, Luiz Carlos Delazari, e seu filho, o secretário da Segurança, Luiz Fernando. Todos teriam se envolvido em situações conflitantes e desgastantes.

Botto teria até admitido repensar seu pedido de demissão. "Depende de uma série de fatores. Vamos deixar isso transcorrer de uma maneira normal", disse.

Nesta segunda-feira um caso estranhou motivou a saída de Botto. Uma nota foi publicada na Agência Estadual de Notícias e ficou no ar por menos de 15 minutos dizendo que "seriam boatos as informações de que o ex-procurador pediria demissão". O texto trazia declarações do chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, informando que a carta com o pedido de desligamento do secretário sequer havia sido entregue ao governador.

O colunista Celso Nascimento disse, em sua coluna, publicada nesta terça-feira no jornal Gazeta do Povo (exclusivo para assinantes), que "quem teve tempo de ler a nota logo entendeu os motivos que levaram o procurador a reavaliar a disposição de voltar ao cargo, preferindo confirmar a demissão".

Somente no fim da tarde desta terça, a Casa Civil publicou notícia na Agência Estadual de Notícias comunicando a substituição de Botto por Maria Marta Lunardon.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.