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Para se locomover entre Sarandi e Paiçandu, o usuário paga uma passagem e meia, usando o Cidade Verde | Arquivo / Ricardo Lopes / Prefeitura de Maringá
Para se locomover entre Sarandi e Paiçandu, o usuário paga uma passagem e meia, usando o Cidade Verde| Foto: Arquivo / Ricardo Lopes / Prefeitura de Maringá

Corredor de ônibus "metronizado" pode aumentar ainda mais a tarifa em Maringá

Um dos projetos maringaenses aprovados pelo Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) é o corredor de ônibus "metronizado".

O sistema trará benefícios ao trânsito, como a maior fluidez, mas poderá aumentar a tarifa para o usuário, segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho.

"Esse serviço envolve uma série de equipamentos que não existem na rede normal de transporte. Precisam ser estações grandes, confortáveis, com vigilância o tempo todo, informações em tempo real e manutenção e limpeza", argumentou. "Tudo isso justifica plenamente o custo mais elevado". O novo corredor foi criado pelo projeto Bus Rapid Transit (BRT), ou seja, trânsito rápido de ônibus.

O futuro corredor de ônibus custará R$ 18 milhões e será feito com dinheiro do governo federal. O corredor de ônibus será implantado em quatro avenidas maringaenses: Herval, Morangueira, Duque de Caxias e Lauro Werneck. A concessão do terminal será da TCCC.

Segundo entrevista coletiva do prefeito de Maringá, realizada em março, as obras do novo corredor serão iniciadas em agosto deste ano e devem ser concluídas até 2016.

A Prefeitura de Maringá estuda criar uma integração no transporte coletivo com Paiçandu e Sarandi, na região metropolitana. Juntamente com essa integração, a ideia é de que a tarifa se torne única para os três municípios. A informação foi anunciada pelo prefeito Carlos Roberto Pupin (PP), em Curitiba, na segunda-feira (6).

A integração já existe entre Paiçandu e Sarandi. Para se locomover de uma cidade a outra, o usuário paga uma passagem e meia, usando o ônibus Cidade Verde, da Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC). O primeiro ônibus, de Sarandi a Maringá ou de Paiçandu a Maringá, custa R$ 2,60. Daí para a outra cidade, a tarifa cai pela metade, R$ 1,30.

A situação muda quando o usuário vem de Sarandi ou de Paiçandu e quer se deslocar dentro de Maringá. Em vez de usar apenas os ônibus Cidade Verde, que são metropolitanos e já usufruem de integração, as pessoas têm de entrar também em ônibus urbanos, aqueles que circulam apenas em Maringá, para os quais não há desconto. Assim, é necessário pagar por duas passagens: uma até Maringá e outra rodar em Maringá.

O estudo da Prefeitura existe para criar o desconto de 50% também no transporte urbano – assim como ocorre com a segunda passagem em ônibus metropolitanos entre Sarandi e Paiçandu. Além disso, a intenção é de que o valor total das passagens integradas seja idêntico. Atualmente, o usuário de Maringá paga R$ 2,50 por passagem pelo Cartão Passe Fácil e R$ 2,95 com dinheiro.

Empecilhos

Três fatores dificultam a implantação do sistema em Maringá. O primeiro, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, é adequar o valor das passagens. Por lei, o serviço metropolitano usa a tarifa estadual de transporte, enquanto o serviço urbano tem a própria tarifa.

O segundo problema é de que o reajuste anual da passagem maringaense ainda não foi feito. Segundo a assessoria de imprensa, será necessário esperar a data-base dos motoristas de ônibus para descobrir em quanto as tarifas maringaenses serão reajustadas. Os estudos para isso começam em junho.

A outra dificuldade foi apontada pela TCCC. Para o administrador executivo da empresa, Roberto Jacomelli, a integração criaria mais benefícios ao usuário, mas encareceria o sistema. "A tarifa sobe", explicou. "Se a pessoa deixar de pagar parte tarifa, a conta subirá em algum extremo."

Para Pupin, isenção do ICMS contribui com a integração

Para o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do óleo diesel utilizado no transporte de coletivo contribui com o projeto de integração, servindo para aliviar qualquer tipo de aumento na tarifa. Isto acontece porque o imposto chegava a representar R$ 0,06 do custo da passagem. A lei tributária foi sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB) na segunda-feira (6).

"Vamos chegar a um denominador comum para fazermos a integração com Sarandi e Paiçandu", afirmou o prefeito de Maringá, em texto publicado pela Agência Estadual de Notícias (AEN). Segundo a Prefeitura, o estudo de integração deverá ser concluído entre junho e julho, em paralelo com o reajuste referente à data-base da tarifa do transporte urbano de Maringá.

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