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greve dos bancários

Bradesco entra em greve; Lotéricas têm movimento duas vezes acima do normal

Com exceção do Itaú e do Banco do Brasil, todas as agências da cidade estão fechadas. Greve já dura 12 dias. Negociações devem ser retomadas apenas na terça-feira

Veja dicas de como manter as contas em dia com a paralisação |
Veja dicas de como manter as contas em dia com a paralisação (Foto: )

Treze agências do Bradesco paralisaram as atividades nesta segunda-feira (5) em Maringá, aderindo à greve que a categoria realiza desde 24 de outubro. Com exceção do Itaú e do Banco do Brasil, os demais bancos da cidade também estão parados - há 47 agências com os serviços interrompidos, segundo estimativa da Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Maringá e Região (Seeb). As agências do Bradesco pararam porque a Justiça do Trabalho cassou na sexta-feira (2) a liminar de interdição de greve concedida ao banco - o Itaú conseguiu liminar idêntica, que segue vigorando.

Os caixas eletrônicos das agências em greve funcionam parcialmente, apenas para saques. "Orientamos os clientes a não realizarem depósitos, porque, como não há pessoas trabalhando nas agências, há o risco de a operação não se processar no prazo esperado", diz o presidente do Seeb, Claudecir de Souza.

O reflexo da paralisação as agências é sentido pelas casas lotéricas da cidade. Em uma delas, localizada na região central, o movimento é cerca de duas vezes acima do normal, como mostra reportagem do telejornal Paraná TV 1ª Edição, da RPC TV. Mesmo com o concurso atual da Mega Sena acumulado, as pessoas se concentram nas filas para pagamento de contas, o que, segundo a gerente da agência, Rosária de Lima, indica que o elevado volume de clientes tem relação com a greve dos bancários.

Reivindicação

Os sindicalizados pedem reajuste salarial de 12%, além de participação anual nos lucros de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário. Eles também exigem o fim de metas abusivas e melhores condições de trabalho.

Na última proposta apresentada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entidade patronal, ofereceu 4,5% de reajuste, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e uma PLR dividida em duas parcelas. A primeira seria equivalente a um salário e meio na faixa de até R$ 10 mil, mais 4% do lucro líquido de 2009. A outra seria de 1,5% do lucro líquido, distribuído, igualmente, entre os empregados, até R$ 1.500. Não houve menção à garantia de empregos.

De acordo com Souza, as negociações entre os grevistas e a Fenaban estão paradas desde sexta (2) e devem ser retomadas na terça (6), em São Paulo - o sindicato maringaense tem um assento na mesa de negociação. Em Maringá, de efetivo total de 1,5 mil, cerca de 1,1 mil trabalhadores estão parados.

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