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Alunos de medicina podem ter que terminar curso em outra faculdade

O diretor geral da Unidade de Ensino Superior Ingá (Uningá), Ricardo Benedito de Oliveira, anunciou que vai recorrer da decisão da Justiça Federal, que suspendeu o mandado de segurança para o curso de medicina da instituição. Em entrevista a RPC TV Cultura, ele defende que a faculdade maringaense é quem deve realizar a graduação dos acadêmicos. "É direito da instituição formar os alunos", afirmou.

A sentença assinada pela juíza federal Daniele Maranhão Costa, da 5ª Vara do Distrito Federal, determina que o Ministério da Educação (MEC) assegure a transferência dos alunos da Uningá para "instituições devidamente autorizada na região de seus domicílios". "Esta foi uma decisão um tanto quanto controvertida. Ao mesmo tempo que ela garante a continuidade do curso para os alunos, ela determina que o MEC as transfira para outras instituições. Tomaremos as decisões processuais cabíveis para o assunto", afirmou.

Alunos serão diplomados

Apesar da suspensão, a decisão judicial também aponta que os acadêmicos de medicina da Uningá poderão se formar normalmente. "Há que se garantir a continuidade do curso dos alunos que ingressaram na primeira turma, mesmo que tenham corrido o risco ao se matricularem em curso com funcionamento precário", destacou a juíza na sentença.

O diretor da Uningá avaliou positivamente a garantia dada pela Justiça. Em comunicado repassado pela assessoria de imprensa, a Uningá informou o seguinte: "A Instituição recebe esta decisão com otimismo, sob o ponto de vista das garantias ao aluno, considerando que resta mantida a continuidade das aulas e a formação dos alunos matriculados no curso".

A faculdade realizou uma reunião com os alunos e todos foram avisados que a diplomação está garantida. Já com relação a questão das transferências, ainda existem dúvidas. "A transferência é um ponto que não compete à Instituição, considerando até mesmo a complexidade da questão, mas existe norma específica que regula situações semelhantes, prevendo que o aluno deve concluir seu curso na instituição onde estiver matriculado", informa comunicado.

A reportagem do JM entrou em contato com a assessoria de comunicação do MEC, que ainda não tinha uma posição oficial até o fim da tarde de quarta-feira (14). Atualmente, a Uningá conta com 85 acadêmicos cursando Medicina.

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