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Agressor segue foragido

O autor da tentativa de homicídio contra Alex Algudo, Anderson Gargan, 24 anos, permanece foragido. O delegado-chefe da 9ª Subdivisão de Polícia Civil, Márcio Amaro, afirmou que policiais civis monitoram a cidade em busca dele.

O delegado diz que Gargan ainda pode ser autuado em flagrante. A partir de amanhã, será necessário que a Justiça decrete a prisão preventiva para que ele vá preso. O agressor não tem antencedentes criminais. "Ele terá, provavelmente, de responder pelo crime de tentativa de homicídio", diz o delegado.

Segundo o oficial de comunicação do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente Alexandro Gomes, Gargan mora em Iguatemi, a 21 quilômetros de Maringá, mas a família é de Rondônia.

O estudante Alex Algudo (que pediu à reportagem para ser identificado desta forma), 27 anos, ainda não está recuperado do atentado que sofreu, na noite de segunda-feira (28), na Universidade Ingá (Uningá), em Maringá. Ele foi vítima de uma tentativa de homicídio, após cinco disparos feitos pelo ex-namorado de uma colega de classe, que, segundo a 9ª Subdivisão de Polícia Civil, chama-se Anderson Gargan e tem 24 anos.

Algudo não foi atingido por nenhum dos tiros, mas está com 20 pontos na cabeça, por conta das quatro coronhadas que levou. Ele está internado no Hospital Santa Rita e deveria receber alta ainda nesta terça-feira (29).

O atentado aconteceu por volta das 19h10 de segunda-feira (28). Algudo tinha chegado havia poucos minutos à faculdade, onde cursa o primeiro ano de Fisioterapia. Em entrevista ao JM, concedida por telefone, contou que o professor mal tinha começado a falar quando Gargan entrou, apontou a arma para cima e ordenou que todos fossem para o fundo da sala. Havia aproximadamente 40 alunos no local.

"Ele começou a perguntar quem era Adriano, mas todo mundo dizia que não havia nenhum Adriano", conta Algudo. A vítima relatou que Gargan pediu que ele mostrasse a carteirinha da instituição, para provar que não se chamava Adriano. Mesmo depois de provar que se chamava Alex, o estudante teve de se ajoelhar, a mando do agressor. "Ele me pediu para ajoelhar e atirou duas vezes contra mim", recorda.

Os disparos falharam. Foi quando Alex pegou uma carteira escolar e jogou sobre Gargan. Os dois começaram a lutar. O estudante levou, então, quatro coronhadas na cabeça. Durante a briga, o agressor ainda disparou outras três vezes. Os tiros atingiram carteiras e paredes da sala de aula. Nenhum dos outros alunos foi atingido ou se feriu durante o incidente.

Alex lembrou que, durante a luta, conseguiu se afastar de Gargan, escondendo-se entre as carteiras. Nesse momento, o homem armado pegou uma estudante pelo pescoço, que seria o pivô de todo o incidente, e saiu da sala de aula.

Antes de deixar a instituição, Gargan foi parado por um segurança e por estudantes. Eles conseguiram lhe tomar a arma, de calibre 38, que foi apreendida pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, que chegaram na sequência.

Aparentemente, o motivo para o incidente envolve a estudante, cujo nome não foi divulgado, que o agressor tirou da sala antes de fugir. Ela seria ex-namorada do agressor. Segundo Alex, os dois teriam terminado há duas semanas. Logo depois, ela e o estudante agredido começaram a se relacionar. Antes disso, a vítima garante que nada tinha acontecido e que eram apenas amigos. Alex contou também que a aluna estava sendo ameaçada pelo ex-namorado.

Briga anterior

A briga de segunda-feira (28) não foi a primeira entre o agressor e o estudante. A primeira aconteceu há aproximadamente dois meses, em via pública. Alex relatou que, após o fim de uma aula, ele e um amigo fizeram companhia à aluna em um ponto de ônibus. Antes de irem embora, os dois beijaram a colega no rosto. Quando chegaram ao carro, Gargan os abordou, para tirar satisfação.

Segundo Alex, o homem agrediu os dois. O mais ferido foi o amigo dele, que teve o nariz quebrado.

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