Eleição deixa Maringá e região com três deputados a menos

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Responsável por cerca de 6,5% do eleitorado do estado, a Região Metropolitana de Maringá (RMM) perdeu representatividade na Assembleia Legislativa com o resultado das eleições deste domingo (3). A partir de 2011, a região terá apenas três parlamentares, três a menos do que chegou a ter na atual gestão.

Entre os quatro que tentaram a reeleição, apenas Enio Verri (PT) e Dr. Batista (PMN) tiveram êxito. Completa a lista de eleitos o vereador de Maringá Evandro Junior (PSDB).

Na sua primeira disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa, o jovem tucano conquistou 41 mil votos. "A campanha termina hoje, mas o trabalho começa amanhã. Quero agradecer todos, de um por um, os que me apoiaram. Não quero ser apenas mais um deputado, mas quero trabalhar pelas nossas bandeiras", disse Junior, que deverá ser o mais jovem deputado desta legislatura, com 22 anos.

Já Wilson Quinteiro (PSC) e Miltinho Pupio (PSDB) – que conquistaram as vagas de suplentes nas eleições de 2006 e depois foram convocados para assumir os mandatos - não se elegeram. Quinteiro somou 43,7 mil votos e ficou com a primeira suplência do PSB.

O outro representante atual, o deputado estadual Luiz Nishimori (PSDB), tentou vaga na Câmara Federal, mas não foi eleito.

Cidade tem 3º deputado mais votado

Enio Verri (PT) teve o terceiro melhor desempenho entre os candidatos a deputado estadual do Paraná. O petista conquistou cerca de 87 mil votos, quase 50 mil a mais do que nas eleições de 2006. Na opinião de Verri, a atuação como secretário de Estado do Planejamento contribuiu para esse desempenho.

"Eu nunca pensei em fazer tantos votos assim. Acho que tudo isso é um reconhecimento pelo trabalho realizado. Isso aumenta nossa responsabilidade", afirmou o deputado.

Região mantém dois representantes na Câmara

Já na Câmara Federal, a região manteve a representação de dois parlamentares. No lugar de Ricardo Barros (PP) – que perdeu a disputa para o Senado – e de Odílio Balbinotti (PMDB), que não se reelegeu; entraram Cida Borghetti (PP) e Edmar Arruda (PSC).

Entre os candidatos não eleitos, Balbinotti foi o que obteve o maior número de votos: 84,5 mil, o que lhe garantiu a vaga de suplente. Já o atual deputado estadual Luiz Nishimori (PSDB) teve 70 mil votos, e também ficou na suplência na Câmara dos Deputados.

Cida, que exerce o segundo mandato de deputada estadual, fez quase 150 mil votos, tornando-se a primeira mulher da região de Maringá a ser deputada federal, segundo ela mesma.

Para a deputada, o desempenho se deve aos projetos realizados na Assembleia Legislativa e ao trabalho feito por seu marido, Ricardo Barros, que ocupou o cargo de deputado federal entre 1995 e 2010. "A responsabilidade do Ricardo ao longo de 16 anos fez a diferença", declarou.

Para Edmar Arruda, o mais difícil na campanha foi concorrer com os candidatos do próprio partido, já que o PSC contava com o maior puxador de votos do Paraná, Ratinho Junior, que conseguiu quase 359 mil votos. A partir do excepcional desempenho do colega de chapa, os demais apenas precisavam ficar bem colocados dentro da legenda para também conseguirem uma vaga.

"Disputar uma eleição sem ter uma mandato é muito mais complicado, pois não tínhamos apoio de prefeitos. Isso dificulta bastante, mas, graças a Deus, e as lideranças que nos ajudaram fomos vencedores".