Nos últimos dois anos, os casos de vandalismo caíram quase 70% em Maringá. De acordo com a Guarda Civil do município, entre 2007 e 2009, o número de ocorrências desse tipo na cidade passou de 52 para 16. Os bons números são atribuídos ao treinamento pelo qual a força policial passou e à constante fiscalização da população, que denuncia esses crimes através de um serviço telefônico.
Como consequência, a Prefeitura também reduziu significativamente os gastos com a reparação dos danos causados pelos vândalos. De acordo com o diretor de Defesa Social da Prefeitura, Paulo Mantovani, o valor médio mensal despendido pela administração municipal passou de cerca de R$ 120 mil para R$ 3 mil. "No passado, gastávamos com a reposição de vidros, a compra de computadores e a instalação de fiação elétrica. Hoje esses gastos são menores porque, além da redução no número de casos, a maioria das ocorrências é de pequena monta".
Na comparação entre 2008 e 2009, houve um pequeno aumento nos registros de vandalismo, que passaram de 14 para 16. No ano passado houve ainda 31 tentativas frustradas vandalismo e pichação. "Desse total, tivemos apenas duas ou três pessoas tentando pichar. Esse é um problema praticamente inexistente na nossa cidade", diz Mantovani.
Maringá tem pouco mais de 300 pontos de patrimônio público, 142 dos quais são equipados com sistema de alarme. A participação da população também ajuda a evitar muitos casos. Mantovani diz que os serviços telefônicos 153 e 44 3901-2222 recebem diversas denúncias, que permitem a rápida ação dos policiais. Ele também destaca que a Guarda Municipal, formada por 310 homens, recebeu treinamento do Corpo de Bombeiros, o que aumentou a eficácia do trabalho.
Único caso do ano
Neste ano, a cidade registrou um único caso de vandalismo. Na segunda-feira (4), homens tentaram, pela segunda vez em seis meses, roubar o busto de bronze do professor, escritor e ex-deputado federal Ary de Lima, que fica na praça Presidente Kennedy, no centro da cidade. A peça, que pesa mais de 60 quilos, foi abandonada a menos de 100 metros do local do furto. Mantovani acredita que os ladrões tenham interesse no valor histórico do material, já que nas duas ocasiões os vândalos tentaram levar o busto embora.
Ele diz ainda que a segurança em torno do objeto será reforçada nos próximos dias. O busto será parafusado ao pedestal que o suporta - hoje, o objeto é fixado apenas por cimento.



