Os 122 ex-funcionários da empresa Maringá Lixo Zero, que realizaram um protesto na última terça-feira (30) para receber salários e direitos trabalhistas atrasados, terão de entrar na Justiça para receber o dinheiro. Os funcionários se desligaram da empresa no último dia 25, depois que venceu o contrato entre a Prefeitura e a Maringá Lixo Zero, que durante seis meses fez o tratamento do lixo no município usando a tecnologia Biopuster.
Eles reclamam os salários de junho (cerca de R$ 900) e direitos trabalhistas como férias, 13.º salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) proporcionais ao período trabalhado. O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Maringá (Siemaco), que representa os trabalhadores, estima que cada ex-funcionário tenha a receber cerca de R$ 3 mil, entre salários atrasos e direitos trabalhistas.
A empresa afirmou na última terça que não havia feito o pagamento porque não tinha recebido a última parcela do contrato com a prefeitura. Na última quarta-feira (1.º) a 4.ª Vara do Trabalho de Maringá determinou que o dinheiro fosse depositado em juízo, a pedido do Siemaco.
A Prefeitura informou na manhã desta quinta-feira, por meio de nota oficial, que efetuou o depósito, no valor de R$ 310.661,43.
A partir de agora, o Siemaco vai entrar com ações judiciais para que os trabalhadores sejam pagos. De acordo com o advogado do sindicato, Cleverson Tomazoni Michel, a idéia é entrar ainda nesta quinta com um pedido de liberação dos salários de junho. Como a Maringá Lixo Zero precisará ser ouvida antes da emissão do dinheiro, Michel estima que o pagamento pode demorar até uma semana.
Quanto ao valor a ser pago pelos direitos trabalhistas, o sindicato deve entrar com ações individuais solicitando o dinheiro, o que pode demorar até 30 dias. "Vai ser preciso fazer uma análise da situação de cada um dos trabalhadores, porque eles têm montantes diferentes a receber", explica Michel.
Um possível acordo entre os ex-funcionários e a empresa não está descartado, segundo o advogado. "Isso depende do que a empresa venha a propor e da aceitação de cada funcionário".
A reportagem não conseguiu manter contato com a Maringá Lixo Zero, para que a empresa se manifestasse sobre o caso.
Na terça-feira (1º), três ex-funcionárias foram recebidas por um dos diretores da empresa, José Previdelli, que reconheceu o problema e afirmou que a empresa iria efetuar o pagamento o mais rápido possível.



