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A greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está afetando principalmente a entrega das correspondências simples, como as cartas comuns e boletos de contas. De acordo com o gerente regional dos Correios em Maringá, Carlos Roberto Mariani, na quinta-feira (17) 55 mil cartas estavam em atraso. Já nesta sexta (18) o número de correspondências paradas é de 80 mil. Ao todo, dos 180 funcionários dos centros de distribuição, 49 estão parados (27%).

Maringá tem oito agências dos Correios e quatro unidades de centros de distribuição num total de 280 funcionários. "As agências estão funcionando normalmente e os setores de distribuição de malotes e telegramas também", garante o gerente. Ainda segundo Mariani, o acúmulo de correspondências pode provocar atrasos na entrega mesmo depois de uma possível volta ao trabalho.

Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (17), os trabalhadores dos Correios rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 9%, a partir de 1º agosto, e aumento de R$ 100, a partir de janeiro de 2010, oferecida pelos Correios. Dessa forma, a greve será mantida por tempo indeterminado em Maringá e no restante do país, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR).

Para Osmar Silva, diretor-executivo do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a categoria estava disposta a aceitar a proposta. O problema foi a condição de não haver mais negociações durante dois anos.

Uma contraproposta foi então apresentada: aumento de 12% retroativo a 1º de agosto e aumento de R$150 a partir de janeiro próximo. "Dessa forma aceitamos não negociar outros aumentos durante dois anos. Mesmo que a gente tenha um turbilhão na economia, daqui dois anos conseguimos manter a situação", disse Silva. Enquanto a empresa não responde, os trabalhadores prometem manter a paralisação.

Silva explicou também que serviços como sedex, telegramas, malotes e encomendas registradas estão com a entrega normalizada, mas o fluxo tem diminuído, visto que em grandes centros onde a distribuição é realizada, a adesão é maior. "As encomendas não estão chegando até Maringá", explicou.

A proposta apresentada pela empresa e rejeitada ainda está distante do que a categoria espera obter. Os trabalhadores dos Correis reivindicam reposição salarial de 41,03%, que equivaleria às perdas somadas desde agosto de 1994, e aumento linear de R$ 300. Assim que os Correios se posicionem com nova proposta, haverá nova assembleia, o que pode ocorrer ainda na tarde desta sexta-feira (18).

A greve começou na quarta-feira (16) e acontece em todo o país. No Paraná, ela foi deflagrada a partir de assembleias realizadas em Curitiba, Maringá, Cascavel, Londrina, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu. Apesar da paralisação, as agências funcionam normalmente.

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