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A Polícia Civil de Sarandi (12 quilômetros de Maringá) prendeu, por volta das 18 horas de terça-feira (24), um trabalhador autônomo de 42 anos acusado de abusar sexualmente das tres filhas de 21, 18, 15 e uma sobrinha de 12 anos, que morava com ele há mais de oito anos.

Segundo o superintendente Carlos Oliveira, o Instituto Médico Legal (IML) comprovou a violência contra as garotas. "Elas registraram boletim de ocorrência nesta segunda-feira (23), no outro dia enviamos o pedido de urgência ao IML e, após o resultado, imediatamente o juiz concedeu o mandado de prisão preventiva", conta.

Segundo relato das meninas, a filha mais velha, de 21 anos, sofre com os abusos desde os 11 anos. A de 18 era violentada há três anos. A garota de 15 anos era vítima do pai desde os 11 e a sobrinha, de 12 anos, começou a ser abusada aos nove anos de idade.

O pai - o nome não será revelado para preservar a identidade das vítimas - confessou todos os crimes e disse ao superintendente que estuprava as meninas, pois era possuído por um espírito maligno. "Ele nos disse que o espírito só saía do seu corpo após abusar das meninas", fala Oliveira.

Os estupros aconteciam dentro da casa da família, muitas vezes dentro dos quartos. "O que mais nos chocou foi saber que a mãe, que é dona-de-casa, era conivente. Ela sabia de tudo e não fez nada para acabar com a situação", diz o superintendente. As meninas disseram que demoraram para fazer a denúncia, pois eram ameaçadas de morte pelo pai.

A situação pior acontecia com a sobrinha de 12 anos. A menina foi abandonada pela mãe aos quatro anos de idade e desde então vivia com a tia, mulher do estuprador. "Há seis meses, a mãe biológica voltou e retomou a guarda da garota. No entanto, segundo a menina, ela sabia dos abusos e mesmo assim a obrigava a ir para a casa do acusado a cada cinco dias para ter relações com ele. Segundo depoimentos colhidos de testemunhas, o estuprador também tinha um caso com a cunhada há cerca de um ano", conta Oliveira. O delegado pediu também a prisão preventiva da mãe biológica da garota.

O acusado está preso em cela separada na Delegacia de Sarandi. Ele responderá pelo crime de estupro qualificado. Segundo o superintendente Oliveira, o inquérito ainda está sendo concluído. "Queremos tomar providências para indiciar também a mãe, que era cúmplice da situação", afirma o superintendente.

O Conselho Tutelar foi acionado para cuidar da situação das meninas. A criança de 12 anos será transferida para um abrigo. As outras três moças devem continuar em casa, mas com acompanhamento de conselheiros e assistentes sociais.

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