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 | Arquivo da família
| Foto: Arquivo da família

"Meu pai foi uma pessoa que viveu intensamente, das melhores às piores situações." Foi assim que a filha Gisela definiu o pai, Daniel de Freitas Barbosa, mestre em Matemática e doutor em Psicologia. Por isso, ele mesmo se definia como um "psicomático", em alusão às duas carreiras.

Gisela conta que o pai era também um grande incentivador das artes, especialmente da música, dentro e fora de casa. Nas férias de verão da infância dos filhos, era ele quem puxava a cantoria no carro, embalado por músicas que variavam de Elis Regina a Fabio Júnior. "Ele estimulava e todo mundo cantava junto a viagem toda."

Com o passar do tempo, as reuniões familiares passaram a ser embaladas por trilhas mais questionadoras, como a música Blowin' In The Wind, de Bob Dylan, que em determinado trecho pontua "quantos anos algumas pessoas podem existir até que sejam permitidas serem livres?". A resposta era buscada incansavelmente por Daniel, seja em seu consultório ou encontros com os amigos. "Ele gostava de discutir respostas. Mas, meu pai gostava mesmo era de estar rodeado de gente", resume Gisela.

A amiga e colega de trabalho Eliane Maio afirma que Daniel era sensível e generoso. "Lembro quando ele foi paraninfo de uma turma da Faculdade Maringá. Ele ficou tão emocionado que não conseguia descer a escada para receber a homenagem. Ele só chorava e me abraçava."

Deixa três filhos e cinco netos. Aos 63 anos, em decorrência de um aneurisma, em 9 de fevereiro, em Maringá.

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