Verificar a previsão do tempo é costume de muitas pessoas. Mas para a professora Leonor Marcon Silveira, a relação com a meteorologia era algo muito maior do que simplesmente saber se o dia seguinte vai ser de calor ou se haverá chuva. Para esta apucaranense, a climatologia significava trabalho, estudo e prazer.
Em 1972, Leonor se formou em geografia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Desde então, realizou uma série de pesquisas e projetos na área, se tornando uma importante referência nos estudos do clima. Em 1993 se tornou professora da UEM e dois anos depois assumiu a coordenação da Estação Climatológica da instituição, desenvolvendo atividades como observações da temperatura, medição da radiação solar e da pressão atmosférica, entre outras.
Atualmente, o banco de dados da estação dá suporte para áreas como agricultura, construção civil e transportes, emitindo laudos técnicos para os setores público e privado. "A professora Leonor teve fundamental importância no desenvolvimento da estação. Além disso, ela tinha um carinho enorme pelos seus alunos, os tratando como se fossem filhos", lembra a chefe do Departamento de Geografia da UEM, Deise Elias Queiroz.
Leonor também gostava de viajar, mas mesmo nos momentos de lazer, não deixava o trabalho de lado. "Ela sempre tentava aproveitar as viagens para participar de cursos e estudos na área da climatologia", conta a sobrinha Alcione Marcon.
Em janeiro, a professora embarcou rumo à Europa para participar de uma pesquisa na Universidade de Barcelona, na Espanha, sobre mudanças climáticas. Durante uma visita a Roma, ela acabou falecendo. Morreu desempenhando o trabalho que tanto amou.
Deixa o marido José James da Silveira, professor emérito do Departamento de Economia da UEM
Dia 12 de fevereiro, aos 68 anos, vítima de uma embolia pulmonar, em Roma, Itália.
