O número de pessoas que moram sozinhas por opção aumentou em Maringá. Mesmo sem levantamento a esse respeito, o crescimento é percebido por imobiliárias e construtoras do Município, que afirmam que a demanda por apartamentos entre 40 metros quadrados e 70 metros quadrados aumentou, especialmente, nos últimos cinco anos.
"A procura é muito grande, mas ainda faltam ofertas nesse sentido. As construtoras que investirem neste segmento devem lucrar muito em curto prazo", aponta o gerente de vendas de uma imobiliária Helder Sabri Lopes.
A procura também foi percebida pelas construtoras. O gerente regional de uma empreiteira Leonardo Fabian conta que o primeiro edifício construído pela empresa priorizou apartamentos grandes, com pelo menos três quartos, voltados para famílias.
No entanto, os dois empreendimentos que estão em construção já têm um novo público-alvo: o jovem solteiro e profissional liberal que prioriza áreas externas, como sala ampla, sacada e churrasqueira, em vez da área íntima.
"Oferecemos plantas [arquitetônicas] flexíveis para atender às necessidades de cada comprador. O que percebemos é que este público prioriza espaços amplos de lazer para receber os amigos", explica Fabian.
Imobiliárias e construtoras concordam que a proximidade ao centro e a serviços, como shoppings, mercados e farmácias, também ajudam na escolha desses jovens profissionais liberais.
Por isso, os imóveis localizados especialmente no Novo Centro e na Zona 7 são atualmente os mais valorizados.
"Esse público muitas vezes paga por um dos metros quadrados mais caros da cidade. O valor do aluguel de uma kitnet nessas regiões é acima de R$ 1 mil, o equivalente a de um apartamento antigo de três quartos", compara Helder Sabri Lopes.



