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Jovens que moram sozinhos preferem apartamentos com área de lazer para receber os amigos | Hugo Lemes / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Jovens que moram sozinhos preferem apartamentos com área de lazer para receber os amigos| Foto: Hugo Lemes / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Jovens valorizam áreas de lazer para receber amigos

O engenheiro civil Gustavo Davantel, 27 anos, é um exemplo de jovem profissional liberal que optou por morar sozinho, mesmo com os pais residentes em Maringá. Davantel conta que após viver em outra cidade para fazer faculdade, voltou a Maringá e decidiu continuar em um espaço próprio.

Assim, aos 23 anos foi morar em um apartamento em cima de uma loja comercial. O local contava com uma grande área de lazer com churrasqueira, ideal para receber grande número de amigos. Até comprar seu próprio apartamento, em maio de 2010, ele morou em mais um apartamento, também com grande área de lazer. Atualmente, Davantel mora no apartamento próprio, de 100 metros quadrados, com terraço e conta até com um estúdio de música. "Era um sonho de moleque."

O custo da privacidade, porém, é alto. O dentista Thiago Ferreira, 27 anos, morou por quatro anos fora da casa do pai. No entanto, ele explica que o orçamento apertado, típico do início de carreira, o forçou a voltar a morar com a família. "Mesmo morando sozinho, precisava de uma ajuda financeira", conta.

Apesar de não pretender voltar a sacrificar o salário para pagar contas domésticas, Ferreira afirma que a sala espaçosa e a sacada do apartamento de 60 metros quadrados eram ideais para receber os amigos com tranquilidade. "Isso me dava uma certa sensação de liberdade", lembra.

O número de pessoas que moram sozinhas por opção aumentou em Maringá. Mesmo sem levantamento a esse respeito, o crescimento é percebido por imobiliárias e construtoras do Município, que afirmam que a demanda por apartamentos entre 40 metros quadrados e 70 metros quadrados aumentou, especialmente, nos últimos cinco anos.

"A procura é muito grande, mas ainda faltam ofertas nesse sentido. As construtoras que investirem neste segmento devem lucrar muito em curto prazo", aponta o gerente de vendas de uma imobiliária Helder Sabri Lopes.

A procura também foi percebida pelas construtoras. O gerente regional de uma empreiteira Leonardo Fabian conta que o primeiro edifício construído pela empresa priorizou apartamentos grandes, com pelo menos três quartos, voltados para famílias.

No entanto, os dois empreendimentos que estão em construção já têm um novo público-alvo: o jovem solteiro e profissional liberal que prioriza áreas externas, como sala ampla, sacada e churrasqueira, em vez da área íntima.

"Oferecemos plantas [arquitetônicas] flexíveis para atender às necessidades de cada comprador. O que percebemos é que este público prioriza espaços amplos de lazer para receber os amigos", explica Fabian.

Imobiliárias e construtoras concordam que a proximidade ao centro e a serviços, como shoppings, mercados e farmácias, também ajudam na escolha desses jovens profissionais liberais.

Por isso, os imóveis localizados especialmente no Novo Centro e na Zona 7 são atualmente os mais valorizados.

"Esse público muitas vezes paga por um dos metros quadrados mais caros da cidade. O valor do aluguel de uma kitnet nessas regiões é acima de R$ 1 mil, o equivalente a de um apartamento antigo de três quartos", compara Helder Sabri Lopes.

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