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Condenado na quinta-feira (27) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva no processo do mensalão, o ex-deputado federal, José Borba (ex-PMDB, hoje no PP) parece não ter tido a própria popularidade abalada em Jandaia do Sul, no Norte do Paraná, onde é prefeito pela segunda vez. Pelas ruas do município de 20 mil habitantes, é difícil encontrar alguém que critique o líder político.

Na tarde de quinta-feira (27), alguns moradores nem sequer sabiam que o prefeito do município estava sendo julgado no Supremo. Outros, mostraram-se indiferentes ao posicionamento adotado pelos ministros que analisam o caso.

Para a maioria das pessoas ouvidas pela reportagem, o resultado do julgamento não deve interferir na rotina do município. "O que ele fez pelo município e pela região vai muito além destes comentários feitos contra ele", afirmou o industrial José Ademir.

Na opinião do corretor de imóveis Luiz Marcolo, a popularidade de Borba pode ser explicada de forma lógica: "Estamos sendo coniventes com o que está acontecendo, mas a cidade melhorou muito com o trabalho que ele fez. Então a gente esquece o que aconteceu."

Há alguns moradores que criticam o atual prefeito, mas emendam elogios logo em seguida. "Se ele fez algo [de errado], tem de pagar. Mas em algumas partes ele foi bom para a cidade", disse o lavrador Wiliam de Oliveira.

Eleito para a prefeitura em 2008, Borba cogitou disputar a reeleição neste ano. No entanto, acabou impedido pela Lei da Ficha Limpa, por ter renunciado ao mandato de deputado em 2005 para escapar da cassação na Câmara.

A reportagem tentou conversar com Borba, mas ele não foi encontrado na prefeitura na quinta-feira (27) e não atendeu às ligações. No gabinete, a informação era que ele teria viajado.

Outro paranaense

Outro paranaense que está sendo julgado pelos ministros do STF é o ex-primeiro-secretário do PTB Emerson Palmieri. A situação dele está indefinida: pode ser condenado ou absolvido. Ele foi procurado na quinta-feira (27) pela reportagem para comentar o caso. Por telefone, disse que estava em viagem e que não pretendia se pronunciar. "O meu advogado está autorizado a falar por mim", informou.

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