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Maringá

Obras no Horto Florestal devem durar de 6 meses a um ano

Local sofre há mais de 20 anos com despejo de chuvas canalizadas da Zona 5, provocando erosões de até quatro metros de profundidade em alguns pontos da mata

Estão previstas obras de escavações, reaterros mecânicos e configuração do canal dissipador | Divulgação / Prefeitura de Maringá
Estão previstas obras de escavações, reaterros mecânicos e configuração do canal dissipador (Foto: Divulgação / Prefeitura de Maringá)
Além das erosões, despejo de chuvas deixou sujeira nas matas |

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Além das erosões, despejo de chuvas deixou sujeira nas matas

As obras de drenagem e sustentabilidade do Horto Florestal Doutor Luiz Teixeira Mendes de Maringá devem durar de seis meses a um ano a partir da emissão da ordem de serviço, prevista para a primeira quinzena de agosto. O prazo mínimo foi informado à Gazeta Maringá pelo secretário de Saneamento, Alberto Abraão, na segunda-feira (10).

O edital de licitação para a contratação de empresa para executar obras de drenagem e sustentabilidade no interior da reserva florestal já foi aberto pela Prefeitura de Maringá e estará disponível no Portal da Transparência da Prefeitura a partir desta semana. As obras são o primeiro passo para a reabertura do parque. "A execução dessa obra e de todo o plano de manejo é uma condicionante para a reabertura do Horto", confirmou Abraão. Sem falar em datas, a Prefeitura de Maringá informou que pretende reabrir o parque antes do fim da gestão do prefeito Carlos Roberto Pupin (PP).

O Horto sofre há mais de 20 anos com despejo de chuvas canalizadas da Zona 5, provocando erosões de até quatro metros de profundidade em alguns pontos da mata. Para solucionar o problema, o Município projeta implantar gabiões – cilindros que servem de barragem - no local, fazendo uma canalização a céu aberto, provocando menor impacto no interior da floresta.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informou, por meio de nota enviada à imprensa na segunda-feira (10), que estão previstas obras que envolverão escavações, reaterros mecânicos, pedras, argamassa, mão de obra e configuração do canal dissipador. As obras estão orçadas em R$ 3,8 milhões.

Segundo Abraão, a intenção é abrir o Horto ao público como foi feito com o Parque do Ingá, mas com características diferentes. "O Horto tem a característica histórica de abrigar o nosso primeiro viveiro de produção de mudas. Queremos deixar esse aspecto cultural agregado, criando um Jardim Botânico e um espaço para pesquisas."

Durante as obras, a Prefeitura vai estudar como será a gestão do local. "É importante reabrirmos o Horto de maneira segura e permanente, para não voltar a fechar", disse. Em abril, a Prefeitura de Maringá afirmou que não teria condições de administrar o local. No modelo de gestão desejável, os serviços realizados no interior do Horto, como lanchonetes, banheiros e segurança, seriam de responsabilidade de uma empresa privada, assim como já ocorre no Parque do Ingá.

Estudo

Segundo o biólogo responsável pelo Plano de Manejo, Euclides Grando Júnior, um estudo encontrou espécies de plantas exóticas no Horto, como a popularmente conhecida como "uvas-do-Japão". Esta planta deve ser retirada para que não haja desequilíbrio da mata nativa preservada na área. Além disso, o pesquisador defendeu que o remanejamento da população de macacos e de quatis existentes no Horto é necessário para o equilíbrio ambiental do local.

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