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Estão previstas obras de escavações, reaterros mecânicos e configuração do canal dissipador | Divulgação / Prefeitura de Maringá
Estão previstas obras de escavações, reaterros mecânicos e configuração do canal dissipador| Foto: Divulgação / Prefeitura de Maringá
  • Além das erosões, despejo de chuvas deixou sujeira nas matas

As obras de drenagem e sustentabilidade do Horto Florestal Doutor Luiz Teixeira Mendes de Maringá devem durar de seis meses a um ano a partir da emissão da ordem de serviço, prevista para a primeira quinzena de agosto. O prazo mínimo foi informado à Gazeta Maringá pelo secretário de Saneamento, Alberto Abraão, na segunda-feira (10).

O edital de licitação para a contratação de empresa para executar obras de drenagem e sustentabilidade no interior da reserva florestal já foi aberto pela Prefeitura de Maringá e estará disponível no Portal da Transparência da Prefeitura a partir desta semana. As obras são o primeiro passo para a reabertura do parque. "A execução dessa obra e de todo o plano de manejo é uma condicionante para a reabertura do Horto", confirmou Abraão. Sem falar em datas, a Prefeitura de Maringá informou que pretende reabrir o parque antes do fim da gestão do prefeito Carlos Roberto Pupin (PP).

O Horto sofre há mais de 20 anos com despejo de chuvas canalizadas da Zona 5, provocando erosões de até quatro metros de profundidade em alguns pontos da mata. Para solucionar o problema, o Município projeta implantar gabiões – cilindros que servem de barragem - no local, fazendo uma canalização a céu aberto, provocando menor impacto no interior da floresta.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informou, por meio de nota enviada à imprensa na segunda-feira (10), que estão previstas obras que envolverão escavações, reaterros mecânicos, pedras, argamassa, mão de obra e configuração do canal dissipador. As obras estão orçadas em R$ 3,8 milhões.

Segundo Abraão, a intenção é abrir o Horto ao público como foi feito com o Parque do Ingá, mas com características diferentes. "O Horto tem a característica histórica de abrigar o nosso primeiro viveiro de produção de mudas. Queremos deixar esse aspecto cultural agregado, criando um Jardim Botânico e um espaço para pesquisas."

Durante as obras, a Prefeitura vai estudar como será a gestão do local. "É importante reabrirmos o Horto de maneira segura e permanente, para não voltar a fechar", disse. Em abril, a Prefeitura de Maringá afirmou que não teria condições de administrar o local. No modelo de gestão desejável, os serviços realizados no interior do Horto, como lanchonetes, banheiros e segurança, seriam de responsabilidade de uma empresa privada, assim como já ocorre no Parque do Ingá.

Estudo

Segundo o biólogo responsável pelo Plano de Manejo, Euclides Grando Júnior, um estudo encontrou espécies de plantas exóticas no Horto, como a popularmente conhecida como "uvas-do-Japão". Esta planta deve ser retirada para que não haja desequilíbrio da mata nativa preservada na área. Além disso, o pesquisador defendeu que o remanejamento da população de macacos e de quatis existentes no Horto é necessário para o equilíbrio ambiental do local.

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