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"Maringá 2030"

Plano quer cidade autossustentável e população limitada em 500 mil habitantes

Projeto “Maringá 2030”, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Codem, vislumbra uma cidade com alto nível de qualidade de vida e com o desenvolvimento populacional estabilizado em 500 mil habitantes no ano de 2030

Economia pujante e limite populacional de 500 mil habitantes é a meta estipulada pelo Plano Maringá 2030 | Arquivo/Gazeta do Povo
Economia pujante e limite populacional de 500 mil habitantes é a meta estipulada pelo Plano Maringá 2030 (Foto: Arquivo/Gazeta do Povo)

Setor de tecnologia. Esse é um dos principais nichos da economia escolhido para tornar Maringá uma cidade desenvolvida, rica, com elevados níveis de emprego e renda melhor distribuída entre os habitantes. O setor tecnológico deve proporcionar ainda a instalação de indústrias não poluentes que garantam a sustentabilidade do meio ambiente. É o que vislumbra o Plano Maringá 2030, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem) e mais 166 entidades do município, que dentre os anseios também quer a limitação da população em 500 mil habitantes.

De acordo com o presidente do Codem, Carlos Tavares, para que Maringá se torne a cidade modelo descrita no Plano é necessário a implementação de uma série de políticas públicas, participação das iniciativas privadas, investimentos no desenvolvimento econômico, maior preocupação com as questões ambientais e valorização da cidadania. Mas o principal trampolim para que o plano dê certo seria o investimento em setores produtores de tecnologia (indústrias, empresas e instituições de ensino).

"A criação do Parque Tecnológico (Tecnoparque - programa de atração de empresas de alta tecnologia), que esta em andamento, seria o ponto de partido para gerar empregos, renda, além de garantir a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento social", disse. "O Porto Seco já instalado e os voos de cargas internacionais que Maringá recebe podem ser considerados o início do Plano."

Para Tavares, a criação do Parque Tecnológico alavancaria o desenvolvimento regional, a agricultura, a indústria e os setores do comércio e serviços. "Haverá demanda tecnológica voltada para o crescimento econômico de todos os setores. Com a geração de empregos proporcionada, vamos ter cidadãos mais participativos e comprometidos com o futuro da cidade e com o próprio bem-estar", prevê.

Transporte

Outra estratégia é integrar o sistema de transporte coletivo e de saúde de Maringá e da região metropolitana de modo a torná-lo único e descentralizado. "Isso seria fundamental para minimizar o fluxo de veículos de transporte individual e melhorar o trânsito da cidade. Os sistemas de saúde deixariam de ficar sobrecarregados com descentralização", explicou Tavares.

Meio Ambiente

Segundo Tavares, as empresas que desenvolvem tecnologia de ponta são as menos poluidoras e uma das metas do projeto Maringá 2030 é reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. As atividades econômicas terão de ser alimentadas por fontes de energias limpas e bloquear a eliminação dos resíduos impactantes do meio ambiente.

Limitador populacional

O projeto fala ainda sobre a estabilização da população maringaense em aproximadamente 500 mil habitantes (atualmente são 335 mil). Segundo Tavares, as entidades que representam a sociedade não querem sofrer inchaço populacional. Ele criticou a propaganda feita pela mídia sobre a qualidade de vida da cidade que acaba atraindo imigrantes. "Muito se fala da qualidade de vida em Maringá e acaba atraindo muita gente. Isso pode comprometer esta qualidade no futuro", ressaltou.

Questionado pela reportagem sobre como seria feita a restrição populacional, Tavares explicou que a estabilização é um pedido dos moradores. "Este é um Plano previsto para 2030. Esse número pode ser ultrapassado, mas para 2030 seria a meta. É claro que pode haver mutações até lá", disse.

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