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Alternativa para famílias é a cremação

Uma das alternativas para o problema de falta de vagas nos cemitérios de Maringá e Campo Mourão seria a cremação. No entanto, segundo Willian Fernandes, atendente do Crematório Ângelus, não é um hábito em Maringá.

O processo de cremação e o cerimonial de despedida custam R$ 3 mil. Fernandes fala que o crematório tem um fluxo variado, atendendo até quatro mortos por semana. Segundo ele, boa parte dos clientes é de outras cidades da região, como Londrina e interior de São Paulo.

O Cemitério Municipal de Maringá não é único da região que está sem espaços para novos túmulos. Em Campo Mourão, a aproximadamente 80 quilômetros de Maringá, a prefeitura está utilizando, há mais de seis meses, os corredores do cemitério para enterrar corpos. Além disso, até o fim do semestre o Município deve começar a utilizar o estacionamento – que fica dentro do cemitério - para novos túmulos.

Com uma média mensal de 50 sepultamentos, o Cemitério Municipal de Campo Mourão já recebeu mais de 20 mil corpos. "Nossos corredores estão cheios de túmulos e a alternativa agora vai ser utilizar o estacionamento. Segundo o projeto devem caber 200 túmulos na área do estacionamento e vamos continuar enterrando em carneiras", disse o administrador do cemitério, Paulo Rogério Souza Leite.

As carneiras são capelas com gavetas fúnebres e cada custa, em média, R$ 350. Além da gaveta, é preciso comprar o direito do terreno, que em Campo Mourão custa R$ 67. "Não tem como comprar porque não tem mais espaços. Antes a gente vendia o espaço e a pessoa reservava, mas atualmente não tem como. Estamos estudando novas medidas para talvez conseguir outro terreno com autorização", explicou Leite.

Capacidade do Cemitério Municipal de Maringá chega ao limite

O Cemitério Municipal de Maringá está sem capacidade para a instalação de mais túmulos desde o final de 2011. Para enterrar os parentes, os maringaenses têm que procurar cemitérios particulares e desembolsar, no mínimo, o dobro do valor que era pago por um túmulo no cemitério público. A prefeitura estuda propostas tanto para fazer alterações no espaço atual como também busca uma licença para outro terreno.

O Cemitério Municipal tem aproximadamente 18 mil sepulturas com 62 mil sepultados. Gilson Roberto da Silva, secretário de Serviços Públicos, explica que o cemitério atualmente atende quem já tem túmulos de familiares. "Com a reutilização, fazemos uma média de 6 a 8 sepultamentos por dia. Como nos últimos quatro anos, os túmulos foram construídos com duas gavetas, é possível essa reutilização."

Laércio Barbão, da Secretaria de Controle Urbano e Obras Públicas (Seurb), explica que a prefeitura tem planos para reformar o espaço atual, com projetos de verticalização, praças e criação de capelas com gavetas fúnebres. As capelas comportariam vários sepultamentos. "Não vai descaracterizar o cemitério", defende o secretário.

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