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Maringá

Prefeitura contradiz informação oficial e pede liberação do aterro por mais um ano

Dessa vez na justiça local, procurador do município pediu mais um ano na utilização do aterro. Nota oficial da Prefeitura afirmava que liberação do local não tinha acabado

Lixão fica situado sobre a Bacia do Rio Pinguim | Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Lixão fica situado sobre a Bacia do Rio Pinguim (Foto: Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

A Prefeitura de Maringá apresentou nesta quarta-feira (28), na 2ª Vara Cível de Maringá, novo pedido para utilização do aterro controlado por mais um ano. Na mesma data vencia o prazo dado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) permitindo que a prefeitura continuasse depositando o lixo da cidade. Com isso, até que o juiz Airton Vargas da Silva analise a solicitação da administração, fica valendo a sentença original, proferida em 2005, e que determina a paralisação imediata do depósito de resíduos e a recuperação da área. Isso também significa que a atual utilização do local é considerada irregular.

O pedido suplementar foi apresentado pelo procurador jurídico da Prefeitura de Maringá, Luiz Carlos Manzato. Outro pedido parecido tinha sido feito ao TJ-PR na última semana, mas foi considerado descabido, visto que a ação voltou para instância local. A solicitação da prefeitura à justiça vai contra a informação oficial prestada nesta quarta-feira (28), quando, em nota, a administração municipal alegou que "o prazo de uso do aterro, para a Prefeitura, é considerado o final do processo de licitação, que está em trâmite." Segundo o informe, a administração pode continuar usando o local para depósito de 300 toneladas diárias até que a empresa vencedora da licitação seja contratada para fazer o trabalho.

Se para a prefeitura a liberação do aterro continua valendo, no entendimento do promotor Ilecir Heckert, do Ministério do Meio Ambiente, a situação não é bem essa. Com a volta do processo para a Comarca de Maringá, o próximo andamento é a execução da sentença, pois a prefeitura não pode mais apresentar recursos de nenhuma natureza. Seguindo a lógica do trâmite, o fato estranho será se o juiz considerar procedente o pedido para utilização do aterro por mais um ano.

Manzato, advogado da prefeitura, não quis contestar a informação de que esteve pessoalmente no fórum onde protocolou o pedido. "Vale a nota técnica", disse, referindo-se às informações repassadas por meio de assessoria de imprensa. A nota diz ainda que "a partir do momento em que o desembargador proferiu sua decisão final extinguindo o processo, o prazo de 28 de outubro deixou de existir".

O promotor Heckert também explicou a lógica da declaração oficial da prefeitura. "O processo realmente foi extinto (no TJ-PR, no momento em que voltou para esfera judicial local), mas isso não influencia no mérito da questão (a obrigatoriedade do cumprimento da sentença)", disse.

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