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Depois de 12 horas de julgamento, foi condenado a cinco anos, sete meses e 15 dias, em regime aberto, o jovem que atropelou e matou um casal de idosos em Maringá, em outubro do ano passado. Ele vai cumprir a pena em liberdade, tendo que se apresentar com freqüência à Justiça, e prestando serviços comunitários. O júri entendeu que o crime foi culposo, ou seja, sem intenção de matar. Neste caso, a decisão tem que ser tomada pelo juiz, que determinou ainda que Leandro José da Silva, de 24 anos, perca a carteira de habilitação pelo período de um ano, a contar da data do acidente.

Com isso, em outubro próximo Silva poderá reaver o direito de dirigir. Silva foi condenado pela morte dos idosos e o juiz considerou como agravante a alta velocidade, a omissão de socorro e a tentativa de fuga. Também considerou o fato do réu ter andado com o corpo da senhora preso ao para-brisas e tentar se livrar de mesmo em seguida.

O júri não acatou a argumentação do Ministério Público que pedia que o réu fosse condenado com base no Código Penal e não com base no Código de Trânsito, em razão da gravidade do caso.

Depois da leitura da sentença, o promotor Edson Cemensati informou que vai pedir a anulação do júri popular, alegando que duas das juradas eram alunas do advogado de defesa José Carlos Ragiotto, em uma faculdade de direito da cidade. Enquanto os desembargadores não se posicionarem sobre o pedido do promotor, Silva cumpre a sentença em liberdade.

Este é o segundo caso de crime de trânsito que vai a juri popular na comarca de Maringá. Em 2001, José Carlos Pinto foi condenado a sete anos de prisão por ter provocado a morte de Fernanda Mullon, de 3 anos, e ferir os pais da vítima. Para o julgamento desta segunda deve ter reforço policial.

Acidente

O atropelamento aconteceu por volta das 5 horas na Avenida Colombo, uma das vias mais movimentadas de Maringá. O casal tentava atravessar a avenida em uma bicicleta quando foi atingido pelo carro guiado por Silva. O motorista tentou fugir mesmo com o corpo da senhora preso ao pára-brisa do carro. Valdemar Pacífico, 68 anos, e mulher, Diva Rosado Pacífico, 67, morreram na hora.

Silva ainda tentou fugir virando em uma rua menos movimentada, mas foi perseguido por pessoas que presenciaram o acidente. A fuga terminou três quarteirões depois, quando ele perdeu o controle do veículo e bateu em uma árvore. Silva foi agredido e detido por populares.

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