Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Maringá

Roubo de sabiás mobiliza Secretaria do Meio Ambiente

Período de reprodução dos pássaros atrai ladrões em vários pontos da cidade. Os sabiás, conhecidos como pássaros cantores, têm bom valor comercial no mercado negro

Sabiá alimentando filhotes: época de reprodução é a preferida dos ladrões | Arquivo
Sabiá alimentando filhotes: época de reprodução é a preferida dos ladrões (Foto: Arquivo)

Ninhos de pássaros das variadas espécies de sabiás correm o risco de serem roubados dos parques e ruas de Maringá. De acordo com a bióloga Anna Christina Faria, da Secretaria do Meio Ambiente, a ação dos caçadores ocorre no período de reprodução dos animais, que vai de outubro a janeiro. De olho no sumiço dos pássaros e dos ninhos, a Secretaria de Meio Ambiente vai lançar uma campanha para que as pessoas denunciem os ladrões.

Segundo Anna, no ano passado e início deste ano, os roubos se concentravam no Parque do Ingá, área de 47 hectares de mata nativa no Centro da cidade. Com o fechamento do parque, em abril, a "caça" se estendeu para outros parques e até mesmo nas árvores que cobrem as ruas da cidade. "Ano passado, uma mesma pessoa foi pega duas vezes no Parque do Ingá com pássaros nas mãos. Notificamos o sumiço de três ninhos. Fora outros que podem ter sumido, mas que não tínhamos registrado ainda", disse.

Preocupados com o período de reprodução que começou em outubro, época em que começam a agir os ladrões de pássaros, a Secretaria do Meio Ambiente vai lançar uma campanha de conscientização contra o roubo de pássaros silvestres. "A pessoa que identificar ninhos, pássaros sendo levados ou que já estão em cativeiros, podem ligar para o número 153, da Guarda Municipal ou da Polícia Ambiental (44) 3901-1936", lembrou.

Ainda segundo a bióloga, os sabiás são vendidos a preços que variam entre R$ 100 a R$ 150. "Eles são muito utilizados em campeonatos de canto de pássaros. Um sabiá de competição pode chegar a custar R$ 2 mil", explicou.

De acordo com Romeu Sanches, da Polícia Ambiental, a pessoa pega com um pássaro silvestre irregular é detida, paga uma multa de R$ 500 por animal, assina um termo circunstanciado e depois é liberada. "Não temos dados da quantidade de apreensões referentes ao número específico de pássaros apreendidos em Maringá, mas é um trabalho de rotina", afirmou Sanches.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.