Segundona na tevê pode convencer Grêmio Metropolitano a aceitar proposta paranista

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Depois de não ver com bons olhos a proposta de antecipar a Divisão de Acesso do ano que vem, os dirigentes do Grêmio Metropolitano não descartam a possibilidade de aceitar a alteração no calendário defendida pelo Paraná Clube. Apesar de não ter participado da reunião envolvendo os integrantes da "segundona", o presidente de honra do time maringaense, Aparecido Regini "Zebrão", informou que conversou com o presidente tricolor Rubens Bohlen.

"Ele me telefonou e apresentou algumas propostas como bancar os custos de alimentação, hospedagem e taxas de arbitragem do Grêmio e das demais equipes. Haverá uma nova reunião para discutir o assunto e até lá vamos decidir", declarou Regini, que também é vereador em Maringá.

A diretoria do Paraná Clube estima que estes custos sejam de aproximadamente R$ 750 mil para todas as equipes do interior, valor que seria bancado por um patrocinador ainda não definido. Para isso, a proposta paranista passa pela transmissão do campeonato em tevê aberta pela TV Bandeirantes.

Uma nova reunião, na próxima segunda-feira (12), entre os representantes do clube e da emissora de televisão deve formalizar a proposta. "Estamos em estudo. Eles nos fizeram uma consulta, mas por enquanto não existe nada concreto", afirmou Fabrício Binder, diretor de conteúdo local da Band.

Além do time de Maringá, outras duas equipes não participaram da reunião em Curitiba, o Cascavel CR, (que foi rebaixado este ano junto com o Paraná) e o Júnior Team, de Londrina, clube que subiu este ano para a "segundona". No geral, os clubes alegam dificuldade para montar uma equipe competitiva, já que vários jogadores foram emprestados. "Emprestamos dez jogadores e a comissão técnica para uma equipe de Minas Gerais. Além disso, nos­­so estádio só fica pronto em maio. Não temos condição de jogar antes", declarou o coordenador de futebol do Junior Team, Ariobaldo Frisselli.

Paraná tentará convencer a FPFSe não houver unanimidade entre os clubes, a diretoria paranista diz que tentará convencer a Federação Paranaense de Futebol (FPF) de que a vontade da maioria dos times, e não a totalidade, já é suficiente. "Não encontrei em nenhum estatuto algo que diga que seja necessária a unanimidade. Além disso, é preciso bom senso: disputar duas competições ao mesmo tempo é algo técnica e juridicamente inviável", afirmou o presidente do Conselho Deliberativo do Paraná, Benedito Barboza, sobre a coincidência de datas entre as segundas divisões estadual e nacional.

O presidente da FPF, Hélio Cury, admite que não existe nenhum registro legal sobre isso, mas garante que a decisão cabe à entidade: "Não precisa estar no estatuto. É a postura da Federação. Não vamos mudar a regra em função de um interessado. Apenas se houver unanimidade".

O Paraná corre contra o tempo. Para que a Segundona comece em março, é necessário que a tabela de jogos seja divulgada até o final de dezembro, 60 dias antes da competição.