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Três servidores públicos municipais foram afastados e outros dez suspensos dos cargos pela Prefeitura de Maringá por suspeita de irregularidades na fiscalização de obras. De acordo com denúncia recebida pela administração municipal, os três primeiros estariam cobrando propina para agilizar os tramites de construções ou para assinar projetos. Os outros dez são acusados de agilizarem o processo de obras que envolviam parentes.

A denúncia já foi enviada ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e ao Ministério Público (MP). Por conta da denúncia, todas as obras projetadas nos últimos três anos serão analisadas, a fim de verificar qualquer outra irregularidade. Segundo o procurador jurídico da prefeito, Luiz Carlos Manzato, por se tratar de um assunto mais "grave", o caso dos três servidores que cobrariam propina será finalizado primeiro.

Todos os 13 servidores eram fiscais da prefeitura. "Recebemos a informação de que os três servidores afastados cobravam entre R$ 900 e R$ 1,4 mil [para assinatura de projetos ou agilização de tramites e alvarás]", informou Manzato. "Sobre os outros dez, há indícios de irregularidades. Eles faziam a tramitação na prefeitura mais rápida quando as obras eram de esposas ou filhos."

Durante o período em que o processo de investigação estiver em andamento, pelos próximos 60 dias, os 13 fiscais seguem com as punições. "Se ficar comprovado [as irregularidades], eles vão ser demitidos", confirmou o procurador jurídico da prefeitura.

Diferente dos três fiscais afastados, que não poderão atuar em qualquer tipo de serviço na prefeitura por 60 dias, os outros dez servidores foram suspensos dos cargos que exercem e estão em outras funções, também pelo mesmo período.

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (Sismmar), Iraídes Baptistoni, explicou que o sindicato ainda não tem informações sobre o caso. "Não tomamos conhecimento do conteúdo das investigações e do crime no qual eles foram enquadrados. Vamos para a prefeitura para ler o processo e ver do que estão sendo acusados", explicou.

Até às 13 horas desta sexta-feira (3), o sindicato ainda não teria sido procurado pelos trabalhadores. Segundo Iraídes, eles têm o direito de receber todo o apoio do Sismmar em relação à procura de advogados de defesa. "O papel do sindicato é defendê-los. Eles são inocentes até que se prove o contrário."

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