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Estrutura de mestrado e doutorado à disposição de graduandos colocou a zootecnia da UEM entre as melhores do Brasil pelo 4º ano seguido | Fábio Dias/Gazeta Maringá
Estrutura de mestrado e doutorado à disposição de graduandos colocou a zootecnia da UEM entre as melhores do Brasil pelo 4º ano seguido| Foto: Fábio Dias/Gazeta Maringá

Os cursos de graduação ligados ao setor rural, oferecidos pelas universidades públicas paranaenses, são os que mais se destacaram no Guia do Estudante Abril 2010. Cinco desses cursos, cada um em uma instituição diferente, obtiveram cinco estrelas na avaliação do guia, o que significa nota máxima: Engenharia Florestal na UFPR e na Unicentro, Agronomia na UEPG, Medicina Veterinária na UEL e Zootecnia na UEM. Outras oito graduações ficaram com quatro estrelas, o que representa avaliação muito boa.

Para o coordenador da Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), um dos cursos cinco estrelas do setor do agronegócio, Vagner de Alencar Arnaut, a proximidade entre a graduação a pós-graduação é o que explica o bom desempenho dos cursos dessa área. "O Paraná é o considerado o celeiro do Brasil, e temos aqui diversas culturas. Não é a toa que estamos bem servidos em cursos agrários", disse. Segundo ele, o investimento em pesquisa científica é o principal pilar da qualidade oferecida. "Mesmo outros cursos da área, como a agronomia aqui na UEM, não conseguiram cinco estrelas agora, mas estão bem perto disso".

O caso da UEM é ainda mais emblemático, visto que a instituição oferece mestrado e doutorado em Zootecnia, avaliados com nota máxima pela Capes. "O curso cresceu a partir do momento em que se investiu na formação dos professores, dentro e fora do país, aí se montou o mestrado e doutorado. Isso trouxe recursos financeiros e fortaleceu setores práticos com equipamentos. Temos uma estrutura criada para pesquisa em pós-graduação que é usada pelos alunos de graduação. Eles foram os que mais ganharam com tudo", explicou Arnaut. Dos 34 professores do departamento de Zootecnia da UEM, 33 têm pelo menos a titulação de doutorado.

Com todo esse incentivo, o gosto pela pesquisa é facilmente passada aos graduandos, que participam ativamente dos projetos desenvolvidos na pós-graduação. "Quando comecei não sabia nada sobre a carreira científica, mas, agora, vou ter que fazer mestrado. Não vejo outra opção para mim", contou Dayane Rivaroli (foto), aluna do 4º ano de zootecnia. Ela participa das pesquisas de análise de nutrição animal, que tem como objetivo avaliar a alimentação e ganho de peso do gado, bem como ver como isso interfere na qualidade da carne. Entre as oportunidades proporcionadas, um estágio de três meses na Embrapa, que Dayane irá cumprir no próximo período de férias.

Para o presidente da Associação Paranaense de Estudantes de Zootecnia (Apez), João Pedro Figueiredo, os grupos de alunos formados também contribuem para a boa avaliação da graduação. Ele explicou que a universidade já tem tradição nesse tipo de envolvimento, e citou o Programa de Educação Tutorial (PET), onde os alunos organizam palestras de divulgação das atividades científicas, além do Zoo Júnior, uma empresa de universitários que presta consultoria técnica a pecuaristas da região. "Nossos alunos são muito bem aceitos também nos programas de treinee. Na disputas por vagas, sempre temos um ponto à frente", disse.

Ponta Grossa

Mesma posição é compartilhada por Diego Kudrek Souza, aluno de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), outro curso cinco estrelas da área de agrárias. "Se você faz um curso bem conceituado, teu currículo se destaca entre os demais", disse. O estudante conta que essa foi justamente uma das razões pela escolha da universidade, já que ele veio de colégio agrícola, onde a boa avaliação do curso na UEPG já era matéria de debate. "Aqui temos oportunidade de conviver com professores que se destacam mundialmente em suas áreas", destacou o acadêmico.

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