Um laudo da Prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, apontou que houve seguidas falhas de higienização de instrumentos durante um mutirão de catarata que afetou a visão de 22 pessoas. Entre elas, uma pessoa morreu e, pelo menos, outra teve que retirar o globo ocular.
Segundo uma sindicância da prefeitura, a empresa contratada não esterilizou os instrumentos usados. A falha no procedimento, segundo o laudo é compatível com a infecção bacteriana que atingiu 22 das 27 pessoas atendidas. Segundo o relatório, é possível dizer que a contaminação partiu de apenas uma fonte contaminante.
O mutirão foi promovido pela administração local no último dia 30 de janeiro. Para isso, a prefeitura contratou o Instituto de Oftalmologia da Baixada Santista, que realizou os procedimentos.
“Durante a cirurgia, os instrumentais cirúrgicos oftalmológicos não foram submetidos a processo de esterilização entre um paciente e outro, contribuindo para a disseminação da infecção entre os pacientes”, aponta o relatório.
Em outro trecho, o laudo aponta que a equipe médica cometeu falhas como não lavar as mãos, não trocar os aventais cirúrgicos e partilhar instrumentos perfurantes entre pacientes.
A Prefeitura de São Bernardo do Campo disse que encaminhará o relatório ao Ministério Público e à Polícia Civil para “subsídio às suas investigações e providências pertinentes”. A gestão municipal também encaminhou o documento aos conselhos regionais de medicina e de enfermagem.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com o advogado do Instituto de Oftalmologia da Baixada Santista.
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