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Altura e suntuosidade no “Batel” do Cemitério Municipal | Clarissa Grassi/Arquivo Pessoal
Altura e suntuosidade no “Batel” do Cemitério Municipal| Foto: Clarissa Grassi/Arquivo Pessoal

É de uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que herdamos o significado da palavra mausoléu, tida como sinônimo de sepulcro suntuoso. Foi de Mausolo, rei de Cária, na Turquia, a ideia de que um verdadeiro monumento fosse erguido em 353 antes de Cristo para albergar futuramente seu cadáver. Para isso, contratou os mais renomados arquitetos da época, Sátiro e Pítis, vindos da Grécia, além de escultores famosos como Ecopas, Leocarés, Briáxis e Timóteom para concretizar o projeto. Como faleceu antes do término da obra, sua viúva, a rainha Artemísia II, deu prosseguimento ao projeto.

O túmulo, em Halicarnasso, foi terminado em 350 a.C. e envolveu milhares de trabalhadores. O resultado foi uma construção retangular, com cinquenta metros de altura e que ocupava uma área de mais de 1200 metros quadrados. Sustentada por 36 colunas, erguia-se uma pirâmide de base quadrada. No topo uma escultura formada por um carro de duas rodas, puxado por quatro cavalos, trazia a imagem de Mausolo e sua esposa. Mármore, bronze e ouro foram usados na construção, que infelizmente não resistiu a um terremoto.

Vozes do passado caladas pelo esquecimento

O adeus a um ente querido é sempre envolto na ideia da morte como um tipo de sono eterno. Centenas de epitáfios pontuam o desejo de familiares e amigos de que o morto “descanse em paz”. O cemitério também é visto como uma paisagem estanque, de poucas modificações, como se aquilo que foi escrito na pedra das lápides e túmulos permanecesse resistindo

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Foi pela monumentalidade da construção que a palavra mausoléu surgiu como designação de túmulos de grandes proporções. No Brasil, esse tipo de construção começou a ser utilizada no século 19 e foi empregada em cemitérios como o do Catumbi e São João Batista, no Rio de Janeiro. No Paraná, especialmente em Curitiba, os primeiros mausoléus datam do início do século 20. Uma das características desse tipo de edificação é a nominação do patriarca da família em sua fachada, enquanto os demais membros ali enterrados são mantidos sob anonimato. Os epitáfios ficam no interior da construção.

Para o antropólogo Antonio Motta, esse tipo de túmulo traduz o desejo de continuidade da família face à dispersão causada pela morte. Reunidos sob o nome do pai, os familiares reiteram sua origem genealógica e demarcam seu status de poder dentro da necrópole. Trata-se de um discurso visualmente construído para que a morte seja escamoteada e a permanência do indivíduo se mantenha por meio da edificação. É como se cada túmulo representasse a perpetuação do grupo familiar.

Um aspecto interessante da tipologia mausoléu é o papel que o morto ocupa dentro da construção. Ao contrário do nome em destaque na fachada, os sepultamentos geralmente são realizados no embasamento do edifício e o espaço de maior amplitude é a capela, composta por um altar e frequentada pelos familiares para a prática de orações. É um local de sociabilidade, tal qual a sala na casa ou o interior de uma igreja. Daí a similaridade encontrada entre os mausoléus, as casas e as igrejas.

As técnicas construtivas são as mesmas utilizadas nos edifícios urbanos e, em muitos casos, suas plantas foram planejadas pelos mesmos arquitetos que construíram a residência da família. É possível encontrar jardins cercando os mausoléus, balcões e varandas. Alguns já até receberam equipamentos como cercas farpadas em suas grades para garantir o descanso de seus ocupantes diante de ameaças de furto ou invasão.

Muitos mausoléus serviram para eternizar gerações inteiras de famílias abastadas e influentes. Outros tantos, para demarcar um espaço muitas vezes não conquistado no meio social. É a distinção tão buscada em vida, agora conquistada na morte.

Lista de falecimentos - 27/09/2015

Antônio Crisanto, 53 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Ivo Crisanto e Sanita Siermermann. Sepultamento ontem.

Benedito Antônio de Oliveira, 72 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Sebastião Antônio de Oliveira e Maria Cezar Martins. Sepultamento ontem.

Catarina Umbelina Fernandes, 79 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Inácio e Maria Umbelina de Jesus. Sepultamento ontem.

Elisa Sawatzky Penner, 91 anos. Profissão: do lar. Filiação: Bernardo Sawatzky e Elisa Sawatzky. Sepultamento ontem.

Elza da Roza Batista, 83 anos. Profissão: do lar. Filiação: Abílio Vieira da Roza e Nair Oliveira de Souza. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem, saindo da Capela Mortuária em Imbaú.

Etelvina Teodoro Ferreira, 88 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Teodoro e Maria Olímpia Isabel. Sepultamento ontem.

Evellyn Menezes da Cunha, 23 anos. Profissão: estudante. Filiação: José Alberto Rodrigues da Cunha e Elian Menezes da Cunha. Sepultamento na segunda-feira, 28 de setembro de 2015, às 17h, em local a definir, saindo da Igreja Adventista do Sétimo Dia, de Botiatuva, em Almirante Tamandaré.

Fortunata Maria Moura, 70 anos. Profissão: técnico enfermagem. Filiação: José de Moura Neto e Estela Lolico de Moura. Sepultamento ontem.

Gabriel Fernando Dorighello, 1 mês. Filiação: Elton Rodrigo Dorighello e Ivandra M. G. Dorighello. Sepultamento ontem.

Gentil Soares Neto, 54 anos. Profissão: auxiliar. Filiação: Francisco Soares e Venância da Silva Soares. Sepultamento ontem.

Gilson dos Santos Bittencourt, 57 anos. Profissão: vendedor. Filiação: Waldemar Bittencurt e Amália dos Santos Bittencourt. Sepultamento ontem.

Iolanda Sberze Leonardi, 92 anos. Profissão: do lar. Filiação: Ernesto Sberze e Rosa Stocco. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da Capela 04.

Ione Villatore Scheibe, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Pedro Villatore e Vergínia Villatore. Sepultamento ontem.

Ivo Sérgio Techy, 54 anos. Profissão: mestre. Filiação: José Techy e Maria Rosa Leite Techy. Sepultamento ontem.

Laurentina Rocha Dias, 78 anos. Profissão: do lar. Filiação: Manoel Marcelo Rocha e Justina Maria de Jesus. Sepultamento ontem.

Leoni Pereira Mendes de Oliveira, 63 anos. Profissão: do lar. Filiação: Alcino Mendes Timoteo e Evangelina Pereira. Sepultamento hoje, no Cemitério Vaticano, saindo da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, no Xaxim.

Lourival da Silveira, 65 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Antônio Rodrigues e Rosa Rodrigues. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo de residência.

Lucas Vaz da Silva, 19 anos. Profissão: auxiliar de cozinha. Filiação: Claudionor Jorge Moreira da Silva e Aurora Cristina Vaz de Oliveira. Sepultamento ontem.

Luciane Pereira, 42 anos. Profissão: funcionário público municipal. Filiação: Carlos Alberto Pereira e Adilza Clementina Pereira. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

Luíza Venâncio Coutinho, 68 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: Luiz Venâncio e Maria da Glória Venâncio. Sepultamento ontem.

Maria da Rocha Pimentel Soares, 62 anos. Profissão: professora. Filiação: Júlio Bento Pimentel e Zuila da Rocha Pimentel. Sepultamento ontem.

Maria de Lourdes Chrispim Machado, 86 anos. Profissão: do lar. Filiação: Wenceslau José Chrispim e Idalina Euflosina Pereira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da Capela 02.

Maurício Prestes Faria, 22 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Eloir Prestes Faria e Ilda Godoy Faria. Sepultamento ontem.

Miguel Alves Ribeiro, 88 anos. Profissão: funileiro. Filiação: Vitalina Alves Ribeiro. Sepultamento hoje, no Cemitério Pedro Fuss, em São José dos Pinhais, saindo da Ong Anjos, no CIC.

Osimar Eugênio Conceição, 70 anos. Profissão: motorista. Filiação: Odilon A. Conceição e Odette S. Conceição. Sepultamento ontem.

Paulo Roberto Silveira Collares, 70 anos. Profissão: metalúrgico. Filiação: Gervásio de Oliveira Collares e Maria José Silvério Collares. Sepultamento ontem.

Rosalvo Manoel de Souza, 85 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Manoel Cícero dos Santos e Maria Josefa da Conceição. Sepultamento hoje, no Cemitério Vaticano, saindo da Capela 02 do Cemitério Municipal Água Verde.

Sebastião Carmo Alves Capucho, 66 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Vicente Alves Capucho e Felícia Maria de Jesus. Sepultamento ontem.

Tereza Ribeiro de Lima, 66 anos. Profissão: do lar. Filiação: Francisco Nunes Ribeiro e Catarina de Lima Ribeiro. Sepultamento ontem.

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