O Ministério da Educação (MEC) prometeu iniciar investigações sobre as supostas fraudes na compra de livros didáticos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), após receber, na última terça-feira, documento da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), constatando que, em 190 cidades, incluindo cidades do Paraná, os livros recebidos não eram os mesmos pedidos pelos professores. Segundo a suspeita, a editora paulista Moderna estaria se beneficiando no suposto esquema, já que os livros eram trocados por material de sua autoria. O Ministro da Educação, Fernando Haddad, esteve em reunião durante à tarde de anteontem com representantes da Abrelivros e do Fórum Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ele determinou a abertura de 190 processos administrativos para apurar cada um dos casos. Dois auditores da Controladoria Geral da União devem auxiliar nas investigações. Durante uma coletiva, após a reunião, o ministro prometeu apurar o caso em cerca de 15 dias, mas preferiu não fazer comentários até que sejam apurados os fatos.
A editora Moderna, comprada em 2001 pelo grupo espanhol Santillana, recebeu neste ano R$ 161,4 milhões do governo federal referente à compra de livros didáticos pelo PNLD cerca de R$ 75 milhões a mais do que em 2006, o que teria despertado a suspeita de fraude. A Moderna informou que não se pronunciará até o término das investigações e afirmou ter investido R$ 60 milhões no desenvolvimento de produtos e serviços pedagógicos no último ano, o que justificaria seu crescimento.
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