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O médico e pediatra Luvercy Rodrigues Filho, chefe do setor de neonatal da Maternidade Mater Dei, de Curitiba, que atendeu o bebê de sete dias, que morreu na sexta-feira (8), afirmou na tarde desta quarta-feira que a criança já chegou ao hospital com uma lesão na região do ânus.

A declaração contrapõe o depoimentoprestado pelos pais do bebê, principais suspeitos do crime, que disseram que "caso a criança tenha sido violentada sexualmente, isso pode ter acontecido no hospital".

Segundo o pediatra, a criança deu entrada na maternidade às 0h05 de quarta-feira (6). "Os pais trouxeram o bebê, que foi avaliado por uma doutora que estava de plantão. Foi um atendimento normal. Como ela diagnosticou uma lesão perineal (na região do ânus), ela internou a criança e me telefonou. Eu só atendi o bebê na parte da manhã, o que é um procedimento normal", afirmou.

O médico Rodrigues contou que avaliou o bebê e constatou a lesão perineal e um edema na coxa. "Assim que percebi que se tratava de uma agressão, fui conversar com a mãe. Expliquei para ela que alguém havia introduzido algum objeto contundente no ânus da criança", disse. "É dificil dizer o objeto, mas pode ter sido uma caneta, um dedo, lápis e até um orgão genital. No exame que fizemos, não era possível identificar o objeto", informou.

Assim que o médico detectou a lesão, ele chamou a mãe da criança numa sala e explicou o que estava havendo. "Entrei numa sala reservada com ela. Disse que alguém havia introduzido alguma coisa no ânus do bebê. Ela friamente, sem mostrar surpresa, me falou: 'Ué, mas só eu e meu marido estivemos com ele'. Eu insisti. Falei por três vezes que alguém tinha introduzido alguma coisa no ânus da criança, que havia a possibilidade de uma violência sexual, mas ela só respondia isso. Eu fiquei surpreso com a maneira fria que ela recebeu a notícia", afirmou o pediatra.

O médico informou ainda que sabe quando que a criança foi violentada. "Tem como saber exatamente o tempo em que o bebê sofreu a lesão e se houve demora ou não, na vinda para o hospital, mas, como o caso está sendo investigado, eu prefiro não comentar para não atrapalhar o trabalho da polícia", finalizou.

EsclarecimentoO TudoParaná juntamente com a Gazeta do Povo decidiram não publicar os nomes dos suspeitos em virtude de o abuso ainda estar sendo tratado como um suposto crime e em razão da gravidade das denúncias contra os pais do bebê.

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