A Polícia Federal (PF) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (25), em Porto Alegre e Brasília, no âmbito da Operação Duplo-Cego, que investiga contrabando de proxalutamida. A ação, autorizada pela Justiça Federal de Porto Alegre a pedido do Ministério Público Federal (MPF), investiga o uso da substância contra a Covid-19 em uma pesquisa realizada pelos médicos Flávio Cadegiani e Ricardo Zimerman.
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Nas redes sociais, os médicos disseram estar tranquilos com as acusações, pois garantem que o estudo era seguro e dentro dos princípios de ética médica. Cadegiani alegou estar sendo perseguido e que a apreensão do seu computador prejudicaria outras pesquisas em andamento.
O estudo foi realizado no Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre e no Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, em março de 2021. Em outubro do ano passado, os médicos divulgaram que sua pesquisa, apesar de aprovada, estaria sendo perseguida na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Eles mencionaram que a reação negativa tinha começado depois que o presidente Jair Bolsonaro tinha falado com entusiasmo do estudo em suas redes sociais.
Ao iniciar uma ação civil pública contra a União e os médicos, o MPF do Rio Grande do Sul alegou, entre outras irregularidades, que as formalidades para a execução do estudo científico estariam em desacordo com as normas da Conep. O MPF acredita que a distribuição do medicamento, da forma como teria sido realizada, configuraria o crime de contrabando, mesmo tendo sua importação autorizada pela Anvisa.
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