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Médicos de pelo menos três estados brasileiros farão uma nova paralisação no atendimento a consultas médicas de planos de saúde na próxima segunda-feira (7). Segundo a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a interrupção nos serviços está prevista para ocorrer de maneira mais intensa em São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. No Paraná, conforme a associação médica do estado (AMP), não há previsão de paralisação e os atendimentos serão feitos normalmente.

Sem cruzar os braços, médicos que atuam no Paraná participarão de uma audiência pública na Assembleia Legislativa. A intenção é debater a situação do Sistema Único de Saúde e da saúde suplementar, além de cobrar dos deputados estaduais ações derivadas das 16 recomendações feitas pela CPI dos Planos, no ano passado.

Estados com suspensão no atendimento

Nos estados que devem ter paralisação, os atendimentos de urgência, emergência e serviços oncológicos continuarão funcionando normalmente.

Na pauta de reivindicações estão a recomposição de honorários, fim da intervenção das operadoras na autonomia médica e readequação da rede credenciada.

"As empresas de planos de saúde trabalham com uma rede credenciada muito enxuta. Isso reduz os custos, mas dificulta o acesso dos beneficiários", diz Florisval Meinão, presidente da APM (Associação Paulista de Medicina).

Segundo ele, o objetivo da paralisação de segunda é "chamar a atenção da população para todos os problemas da saúde". "Nosso objetivo não é prejudicar o paciente", diz Meinão.

Desta vez, a categoria reclama ainda do subfinanciamento do SUS (Sistema Único de Saúde) e pede por uma criação de carreira pública para o médico e pela desprecarização do trabalho da classe.

Em alguns estados, como em São Paulo, também paralisam os atendimentos profissionais como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e cirurgiões-dentistas.

"A odontologia também sobre ação dos convênios. Eles estão avançando em nossa área, o que tem gerado um desconforto aos dentistas", diz Silvio Cecchetto, presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas.

Reclamações

A APM colocará à disposição da população o número 0800 173 313 para denúncias, que podem ser feitas tanto por usuários quanto por médicos.

Também será um criado um hotsite, disponível no site da APM (www.apm.org.br) para esclarecer dúvidas da população.

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