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João Bombeirinho, com a mãe, Ana: ele tem leucemia linfoide aguda, doença que afeta as células brancas do sangue | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
João Bombeirinho, com a mãe, Ana: ele tem leucemia linfoide aguda, doença que afeta as células brancas do sangue| Foto:

A medula óssea que começou a ser transplantada às 17 horas desta quarta-feira (24) no menino João Daniel de Barros, conhecido como João Bombeirinho, é 90% compatível. A informação é do médico hematopediatra do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da UFPR (HC) e responsável pelo caso, Lizandro Lima Ribeiro.

VÍDEO: pais do menino comentam o transplante

A previsão era de que a transfusão fosse terminada por volta das 23h30. O transplante corria bem até as 22h20 desta quarta, segundo a assessoria de imprensa do HC. Nesse período, o menino não teve nenhuma reação e, por isso, o procedimento não precisou ser interrompido.

A medula da doadora, uma norte-americana de 20 anos, chegou às 11 horas desta quarta-feira no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. A medula teve de passar por um procedimento de aproximadamente quatro horas para que a transfusão pudesse ser iniciada.

A doadora tem um tipo sanguíneo diferente do de João e este foi um dos motivos para que o transplante levasse mais tempo, segundo a assessoria do hospital. Outro motivo é o fato de o paciente ter apenas seis anos.

Segundo o médico, o risco de rejeição é de 30%. Por isso, os próximos cem dias são considerados um período delicado para a recuperação do menino. "Por aproximadamente 25 dias ele terá que ficar isolado no hospital. O tempo de cura definitiva pode levar até cinco anos", afirma o médico.

Campanha

João Bombeirinho é de Maringá e desde 2007 luta contra uma leucemia linfoide aguda, doença que afeta as células brancas do sangue.

Depois de passar por um primeiro tratamento que não trouxe resultados suficientes, o menino entrou na fila de transplante de medula óssea para tentar uma recuperação mais precisa. No fim de agosto deste ano, a família dele anunciou que um doador foi encontrado, fora do país, com 90% de compatibilidade, o que já é satisfatório para o transplante.João ficou conhecido nas redes sociais, especialmente no Facebook, no qual ele e sua mãe acumulam mais de 6 mil amigos e apoiadores.

Por conta disso, Ana Estevan adiantou que pretende aproveitar a rede de apoio formada para divulgar a campanha por doadores de medula óssea em todo país. "O apoio que recebi nesses cinco anos foi fundamental para me sentir fortalecida e acreditar que era possível encontrar a cura para o meu filho".

A mãe afirmou também que assim que João Bombeirinho estiver bem, ela pretende trabalhar para atrair mais doadores e ajudar famílias que vivem esse problema. Nos planos também estão palestras pelo Brasil.

"Percebi que muita gente que enfrenta esse problema desconhece a doença. Então, quero levar orientação. Quero mostrar que pode demorar, mas que é preciso acreditar que é possível vencer o câncer. O João é prova viva disso."

Procedimento que pode trazer vida nova ao menino de Maringá aconteceu nesta quarta-feira (24). João Daniel de Barros, o "João Bombeirinho", de seis anos, aguarda o transplante de medula óssea desde 2010.

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