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| Foto: Marcello Casal Jr / ABr

Aconteceu

Veja alguns dos principais acontecimentos de ontem na Rio+20

Prefeituras

Na abertura oficial da Cúpula dos Prefeitos, evento paralelo da Rio+20, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), sugeriu aos representantes das outras metrópoles que sejam estabelecidas metas ambientais e de sustentabilidade ao final do encontro – programado para hoje, no espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana. O município do Rio vai propor que as cidades que integram a cúpula reduzam em 12% as emissões de gases poluentes até 2016.

Meta

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que até 2020 a capital fluminense vai reduzir em 2,3 milhões de toneladas as emissões de gases de efeito estufa, o equivalente a 20% das emissões do município em 2005. A meta faz parte do Plano de Baixo Carbono do Rio de Janeiro, em uma parceria com o Banco Mundial.

Belo Monte

Os índios da etnia Kaiapó receberam ontem da organização não governamental francesa Planète Amazone documento com cerca de 350 mil assinaturas contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que será instalada no Rio Xingu.

Igualdade de gênero

Mulheres de todo o país participam da Cúpula dos Povos, evento paralelo da Rio+20, e fazem protesto nas ruas do Rio de Janeiro. Ontem, a subsecretária-geral e diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, disse que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, deve encorajar ações específicas para reduzir a pobreza entre as mulheres e seus impactos sobre o meio ambiente.

A pressão do Brasil para fechar o documento da Rio+20 antes da reunião de chefes de Estado, que começa amanhã, foi criticada ontem por alguns países e por organizações não governamentais, que consideraram o texto fraco demais e pediram mais tempo para negociar um resultado mais ambicioso.

A União Europeia (UE) seria a mais incomodada com o documento brasileiro, segundo informações dos bastidores diplomáticos na conferência. A proposta alternativa seria manter o texto em aberto para ser debatido na cúpula de alto nível, com o envolvimento de ministros e chefes de Estado.

Os europeus se ressentem principalmente da falta de objetivos e metas que eles pedem desde o começo das negociações em áreas como energia, água e eficiência no uso dos recursos. Os temas, dizem os delegados, até aparecem no texto, mas não há objetivos concretos sobre eles. "Fala-se em energia sustentável para todos, mas como, quando?", questionou a representante europeia. Mesmo que não seja possível colocar agora números sobre metas específicas, segundo ela, o documento deveria trazer, ao menos, um direcionamento mais específico sobre elas.

Com relação ao desejo dos europeus de estender a discussão, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe da delegação brasileira, comentou: "O que disse para nossos colegas é que, se compararmos a um jogo de futebol, o tempo regulamentar (das negociações) terminou com o fim do comitê preparatório (reuniões que ocorreram entre os dias 13 e 16). Agora estamos na prorrogação e ela nunca tem um tempo mais longo que o jogo propriamente dito. Há um limite de tempo, temos de fechar o texto antes da chegada dos chefes de Estado."

Ambição

Ambientalistas também criticaram a postura brasileira. "Os ministros não vêm aqui para beber caipirinha e sentar na praia; eles vêm aqui para solucionar problemas e elevar o nível de ambição da conferência", disse a coordenadora de Políticas Climáticas do Greenpeace, Tove Maria Ryding. Cerca de cem chefes de Estado são esperados para a cúpula de alto nível, que começa amanhã e termina na sexta-feira, encerrando a Rio+20.

O texto em questão foi apresentado pela diplomacia brasileira no sábado, como uma tentativa de conciliar posições e acelerar as negociações, que vinham em ritmo lento até então. Ao buscar esse consenso, porém, acabou retirando ou reduzindo a ambição de vários pontos de conflito, especialmente em questões relacionadas ao comprometimento econômico e político dos países ricos com o desenvolvimento sustentável do planeta.

Segundo informações da Agência Brasil, o texto prevê a prorrogação até 2013 dos debates sobre a possibilidade de criar um fundo específico para o desenvolvimento sustentável. Inicialmente, o Brasil e vários países em desenvolvimento defendiam a criação do fundo, começando com US$ 30 bilhões e podendo chegar a US$ 100 bilhões, em 2018. Porém, os países ricos vetaram a proposta alegando dificuldades econômicas internas.

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