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A presidente Dilma Rousseff abriu oficialmente a Rio+20 nesta quarta-feira (20) reforçando que os representantes das nações estão reunidos para dar "passos audaciosos, mostrar coragem e assumir responsabilidades". Ela lembrou dos compromissos estabelecidos em 1992 em torno do desenvolvimento sustentável, que colocou a erradicação da pobreza como "requisito indispensável" da ação política ligada à agenda ambiental, com a premissa de que a geração presente não se construiria em detrimento da geração futura.
"O desafio da sustentabilidade se apresenta em razão de uma perspectiva futura, mas as tarefas são do presente. Tempo é o recurso de maior escassez", discursou a presidente.
Dilma também cobrou a necessidade de redução dos padrões mundiais de consumo e criticou os países desenvolvidos pela transferência das indústrias poluentes do Norte para o Sul, o que "colocou as economias desenvolvidas no rumo de uma produção mais limpa, mas deixou uma pesada carga para os países em desenvolvimento".
Segundo a presidente, os compromissos de redução do Protocolo de Kyoto não foram atingidos e o compromisso da Eco-92, primeira conferência sobre sustentabilidade, há 20 anos, "tem sido recusado na prática". "Sem ele (compromisso) não é possível a construção de um mundo mais justo e inclusivo", afirmou. "O Brasil reconhece que há várias conquistas de 1992 que ainda permanecem no papel e nós, chefes de Estado, temos de mudar."



