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Sha Zukang, secretário-geral do Rio+20, e secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon aplaudem a presidente Dilma Rousseff | REUTERS/Sergio Moraes
Sha Zukang, secretário-geral do Rio+20, e secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon aplaudem a presidente Dilma Rousseff| Foto: REUTERS/Sergio Moraes

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, abriu nesta quarta-feira oficialmente a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro.

Na cerimônia, Dilma Rousseff foi eleita a presidente da conferência. Em seguida, fez um breve discurso de agradecimento, deu boas-vindas aos participantes e deu início os trabalhos, que serão conduzidos pelo ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.

Dilma falou por menos de dois minutos às delegações reunidas no Riocentro. "A expressiva liderança mundial que hoje acorre ao Rio indica o compromisso dos Estados com a complexa e urgente agenda do desenvolvimento sustentável", disse. "Não tenho dúvida de que estamos à altura dos desafios que nos impõem."

Ela também explicou que, à tarde, falará novamente na plenária para explicar a posição brasileira sobre os principais temas em discussão na Rio+20.

Curiosamente, Dilma encerrou o discurso agradecendo por ter sido eleita presidente, abrindo mão do "presidenta" normalmente usado por ela.

O secretário-geral da ONU, por sua vez, lamentou, em sua apresentação, os poucos avanços na área ambiental desde a Eco92. Ki-moon parabenizou, porém, a Presidência do Brasil pelos resultados das negociações na Rio+20. Segundo ele, durante a conferência, o mundo terá uma "segunda chance".

"Estamos diante de um acordo histórico, não vamos perder essa oportunidade. O mundo está nos observando para ver se seremos capazes de fazer as mudanças", disse.

Ban Ki-moon também ressaltou que a Rio+20 não é o fim de um processo, mas apenas o começo dele. "Está na hora de pensarmos globalmente e localmente. Estamos lutando contra o relógio", alertou.

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, também falou na abertura oficial. "Nós estamos fornecendo (...) uma nova visão para o futuro, uma visão de desenvolvimento sustentável. É um quebra-cabeças que não é fácil de completar."Patriota completou: "Para mim, é uma grande satisfação ver como o processo foi construtivo e como todas as partes mostraram um desejo coletivo de responsabilidade pelo texto."

Brittany Trilfold, a neozelandesa de 17 anos que representa os jovens na Rio+20, dirigiu uma mensagem aos líderes, alertando-os para que definam ações concretas que beneficiem a humanidade no longo prazo. "Estão aqui para salvar sua imagem ou nos salvar?", perguntou.Mais à tarde, os astronautas e cosmonautas que se encontram na ISS (Estação Espacial Internacional) devem enviar uma mensagem à Rio+20.

A transmissão deve ocorrer um pouco antes da cerimônia oficial de abertura, que terá presente líderes globais e representantes da sociedade civil, prevista para as 16h desta quarta.

Ki-moon e Dilma também estarão presente nessa cerimônia. Os presidentes François Hollande (França) e Fernando Lugo (Paraguai) também poderão discursar por cinco minutos.

Cerca de 191 discursos devem ocorrer até a sexta-feira, quando os líderes encerrarão a conferência dando seu parecer sobre o documento de 53 páginas fechado pelos negociadores ontem. Aproximadamente 86 líderes globais participam da reunião.

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