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Praça Memorial 17 de julho, projetada pelo arquiteto Marcos Cartum, tem 199 luzes de LED simbolizando as vítimas | EFE/Sebastião Moreira
Praça Memorial 17 de julho, projetada pelo arquiteto Marcos Cartum, tem 199 luzes de LED simbolizando as vítimas| Foto: EFE/Sebastião Moreira

Os cinco anos do acidente da TAM, em São Paulo, que matou 199 pessoas foram celebrados nesta terça-feira com a inauguração da Praça Memorial 17 de Julho. Familiares se reuniram em frente à pista do Aeroporto de Congonhas e uma missa campal foi celebrada. Às 18h51, horário exato do acidente e da primeira explosão da aeronave, foi realizado um toque de silêncio.

O memorial foi construído onde se localizava a central de carga da companhia e um posto de gasolina atingidos pelo Airbus, que vinha de Porto Alegre e derrapou após aterrissar na pista do aeroporto de Congonhas.

A aeronave ultrapassou o fim da pista ao tentar pousar e bateu contra o prédio, localizado próximo à cabeceira da pista. Na hora do acidente, grande número de veículos e pessoas circulava pela região. Além dos 187 mortos no avião, mais 12 morreram no solo.

A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam), luta na Justiça por indenizações e pelo julgamento dos acusados de serem responsáveis pelo acidente. Foram os parentes que conseguiram que a companhia aérea cedesse os terrenos e que a Prefeitura criasse o memorial, de 8 mil metros quadrados.

Inicialmente, a ideia do poder público era construir um centro infantil, no lugar do prédio e do posto de gasolina que explodiram, contudo o constante tráfego aéreo e a pressão das famílias das vítimas impediram que essa fosse a destinação.

"Quatro vítimas foram totalmente incineradas nesse lugar e por isso é um local sagrado", afirmou o presidente da Afavitam, Dario Scott.

A inauguração da praça, cujo orçamento foi de R$ 3,6 milhões, foi precedida de um ato religioso. Depois, na mesma hora que aconteceu o acidente cinco anos atrás, foi cerrada a placa na qual se homenageia cada uma das vítimas.

No centro da praça está uma amoreira que sobreviveu ao impacto do avião, e que está rodeada por escultura e um entorno artístico assinado pelo arquiteto Marcos Cantum.

As investigações da Polícia Federal apontaram que a causa mais provável do acidente é de falha humana, já que uma das alavancas que controla as turbinas estava em posição para acelerar. A aeronave, contudo, não tinha um sistema de alarme para esta situação.

De acordo com outras análises complementares elaboradas por órgãos especializados, a pista sem ranhuras antideslizantes, e um conjunto de fatores de menor grau de implicação, contribuíram para agravar o acidente.

Praça Memorial 17 de julho

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