Porto Alegre - A menina de 11 anos que ficou grávida do pai adotivo deu à luz um bebê de 2,8 quilos, do sexo feminino, na quarta-feira, no Hospital Santo Antônio, em Tenente Portela (RS). Mãe e filha estão bem e devem ter alta no fim de semana, quando voltarão para a casa da família, em Iraí, na divisa com Santa Catarina. O pai do bebê é o tio-avô e pai adotivo da menina, um pedreiro de 51 anos.
A Justiça decretou a prisão preventiva do pedreiro. Ele se apresentou à polícia na terça-feira e foi encaminhado à Penitenciária Estadual de Iraí. Ele vai responder por estupro. Se for condenado, pode pegar de nove a 15 anos de prisão.
O caso aconteceu praticamente ao mesmo tempo que o da menina pernambucana de 9 anos, que engravidou de gêmeos do padrasto, e teve de submeter-se a um aborto porque sua vida estava em risco. No Rio Grande do Sul, a hipótese do aborto não foi nem discutida pela família, pois, quando foi descoberta, em dezembro passado, a gravidez estava na 20ª semana e não oferecia riscos à menina.
Embora não tivessem programado, os médicos optaram por uma cesariana quando a bolsa se rompeu e eles perceberam a falta de dilatação adequada para o parto normal.
A menina foi criada por uma tia de sua mãe biológica e pelo companheiro dela, o pedreiro, desde os 6 meses de idade. Quando soube que o principal suspeito da gravidez era o pai adotivo, o Conselho Tutelar levou o caso à polícia e ao Ministério Público, em dezembro.
Num primeiro momento, a garota chegou a dizer que o pai de seu filho seria um colega de escola, mas depois revelou ter mantido relações sexuais com o pai adotivo, que admitiu o ato.
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