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O menino haitiano encontrado em uma estação de metrô de São Paulo em 2009, na época com 11 anos, entrou no Brasil por Foz do Iguaçu, no Paraná, informou a Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (20).

Segundo a PF, o garoto saiu do Haiti por via aérea com destino à Argentina e depois, em mais de uma tentativa, ingressou no Brasil por meio da Ponte Tancredo Neves, em Foz do Iguaçu (PR).

As investigações da polícia ainda revelaram a existência de um grupo envolvido com tráfico de pessoas. Os suspeitos, segundo informou a polícia, são haitianos que atuam no Brasil e em outros países da América Latina.

De acordo com a superintendência da PF, houve um pedido de prisão temporária para dois dos suspeitos, mas o pedido não foi aceito pela Justiça. Também foram solicitadas, por meio da Interpol, informações ao Haiti que ainda não foram respondidas. Segundo a assessoria de imprensa da PF, a falta dessas respostas impossibilita o fechamento do caso.

O garoto já está com seu passaporte oficial, obtido com apoio da Polícia Federal, e tem autorização da Guiana Francesa para entrar no país, onde está a sua mãe. A promotora paulista Eliana Vendramini trabalha para que uma psicóloga e uma assistente social paulista, além de dois guardas municipais responsáveis pela segurança pessoal, possam viajar à Guiana Francesa com o garoto haitiano encontrado em São Paulo para entregá-lo à mãe.

O caso foi divulgado pelo Fantástico no último domingo (17). Em 2003, a haitiana Dieula Goin ficou viúva no Haiti e, sem ter como sustentar a família, imigrou para a Guiana Francesa. Casou de novo, melhorou de vida e contratou uma pessoa para buscar os dois filhos que tinham ficado no Haiti. Sem saber, Dieula caiu em uma rede internacional de extorsão e tráfico de pessoas.

Um dos filhos dela, trazido por coiotes, foi encontrado em 2009 em São Paulo. O menino está em um abrigo municipal sob sigilo, segundo Eliana. O outro permanece no Haiti.

Segundo a Interpol, entre janeiro de 2009 e novembro de 2010, pelo menos 50 crianças haitianas entraram no Brasil por guichês de imigração dos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo; de Confins, em Minas; do Galeão, no Rio de Janeiro; e de Manaus.

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