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Em 1996, um ônibus de passageiros saía de Curitiba às 8 horas e chegava a Foz do Iguaçu às 17h30. Hoje, com as BR-277 totalmente recuperada, o horário de chegada foi reduzido - em cinco minutos. A empresa precisa desembolsar quase o valor de um ônibus por mês para bancar o pedágio. O tempo antes perdido para desviar de buracos é "compensado" nas praças de cobrança. "O que diminuiu foram os atrasos por acidentes ou problemas no veículo", diz Arlindo Gulin, diretor vice-presidente do Expresso Princesa dos Campos.

Os 270 ônibus que circulam pelas rodovias pedagiadas deixam cerca de R$ 200 mil por mês nas praças de arrecadação. A despesa foi repassada para o valor da passagem. Para a companhia, a relação custo-benefício é vantajosa, afirma Gulin. A economia com peças e outras despesas de manutenção ainda é menor que o desembolso da tarifa, mas há um aspecto que não pode ser menosprezado, na opinião do empresário. "A segurança do meu cliente não tem preço", resume. E ela hoje é maior.

Depois da restauração das rodovias, o número de acidentes aumentou. De acordo com dados do DER, subiu de 5.216 registrados em 1998 para 9.505 em 2004. O excesso de velocidade aliada à falta de fiscalização adequada é considerado o principal motivo. Mas governo e concessionárias concordam que a quantidade de mortes nesses acidentes despencou. O atendimento pré-hospitalar feito pelos socorristas na primeira hora após o trauma é essencial para reduzir o percentual de óbitos e de seqüelas. E esse atendimento nas pedagiadas costuma ser eficiente.

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