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A Organização das Nações Unidas (ONU) enviará uma missão ao Brasil para avaliar a situação do trabalho escravo no País. A relatora especial das Nações Unidas que lida com as formas contemporâneas de escravidão, Gulnara Shahanian, já indicou ao Itamaraty que pretende realizar a missão até o início do próximo ano. Em seu relatório que será apresentado terça-feira (9) em Genebra, Gulnara alerta que 27 milhões de pessoas no mundo são vítimas de trabalho escravo. "Não há país imune a essa proliferação, especialmente no caso de crianças", afirmou.

Segundo ela, muitas são impedidas de ter seu direito básico de nascer livre e ser protegida da escravidão. "Tempos e realidades podem ter mudado, mas a essência da escravidão persiste ", disse a relatora em seu documento. A tentativa do Brasil de lidar com a situação vem sendo indicada pela ONU como um exemplo, principalmente diante das iniciativas tomadas por governos estadual e federal. Mas a ONU alerta que o problema da escravidão no Brasil ainda existe e é grave.

A relatora da ONU ainda aponta que 80% dos escravos trabalham hoje para agentes privados. Mas alerta que 20% deles estão trabalhando para governos e militares e 11% ainda atuaria no setor da prostituição. Entre as crianças, 69% das que trabalham de forma forçada estão na agricultura.

Há dois meses, o governo americano também enviou um representante da Casa Branca exatamente para debater a situação do uso de trabalho escravo no Brasil. Já na Europa, a campanha contra o etanol usa as condições de trabalho na colheita da cana-de-açúcar como forma de atacar o biocombustível.

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