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Moradores da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) protestam no Centro da capital nesta quarta-feira (14) por agilidade em financiamentos, discussão de regularização fundiária e criação de um aluguel social. O grupo, com cerca de cem pessoas, nas contas dos organizadores, se reuniu em frente à Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab) e seguiu em passeata até a Câmara dos Vereadores.

Chrysantho Figueiredo, um dos coordenadores do Movimento Popular por Moradia (MPM) esclarece que o grupo chegou à sede da Cohab por volta das 9h45. Uma comissão dos protestantes foi recebida pelo órgão e, em seguida, o grupo partirá em direção à Câmara Municipal. "Na Cohab queremos principalmente falar sobre a agilidade no processo do Minha Casa Minha Vida Entidades e também a criação de uma comissão para discutir a regularização fundiária. Na Câmara queremos a criação de um programa de aluguel social", afirmou.

O presidente da Cohab, Ubiraci Rodrigues, explicou que os manifestantes foram ao local para entender o motivo da apresentação de um projeto de reassentamento de 352 famílias na CIC ter sido desmarcada. O projeto de novas casas seria exibido hoje aos moradores, mas por mudanças na planta, solicitadas pelos moradores, não foi possível atualizar e finalizar o documento a tempo. "Acho muito justa e interessante a iniciativa de os moradores participarem da confecção do projeto, mas é preciso haver a compreensão que a cada mudança feita maior fica o prazo para a entrega." A apresentação do projeto foi remarcada para o dia 26 de março após a comunidade aceitar a justificativa e a nova data.

Sobre a regularização fundiária, de acordo com Rodrigues, a reivindicação principal do grupo é sobre uma área no Vila Harmonia, em uma área conhecida como Bolsão Rose. O presidente conta que há cerca de 30 anos a ocupação existe no local. Ele explica que a companhia tem intenção de formalizar um instrumento que permita à Cohab a regularizar a região. "Esse instrumento, eu acredito, que em mais 60 dias nós possamos fechar. Quando formalizarmos esse instrumento, vamos fazer a regularização fundiária do terreno, acredito que isso ocorre até o fim dessa gestão do prefeito Gustavo Fruet. O pessoal tem receito de que haja despejo nessa região, mas não vão ocorrer despejos na área."

Grupo é o mesmo que protestou no Contorno Sul

O grupo de protestantes é o mesmo que se manifestou no último dia 8 com o bloqueio de 1h30 do Contorno Sul, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), na altura do quilômetro 595. . Os manifestantes, na ocasião, se expressaram contra despejos em vilas da região, além de pedirem a regularização fundiária de casas com pendências e agilidade na implementação do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida na modalidade entidades.

No mesmo dia, em São Paulo, sem-teto e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) montaram frentes de protesto. A presidente Dilma Rousseff recebeu as lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) para discutir o acesso ao programa Minha Casa, Minha Vida, uma das principais reivindicações do movimento de moradia.

Dilma atendeu a um pedido do líder do movimento dos sem-teto de São Paulo, Guilherme Boulos, e os recebeu pessoalmente antes de determinar que uma equipe do Ministério das Cidades irá receber a comissão que representa o MTST nos próximos dias para tratar do acesso ao Minha Casa Minha Vida. Assim como em Curitiba, o compromisso assumido pela presidente foi o de estudar a situação do terreno e a possibilidade de transformá-lo em moradia popular.

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