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Moradores da ocupação Terra Santa, no bairro Tatuquara, em Curitiba, fazem uma manifestação na manhã deste sábado (28) para solicitar o acesso ao bairro Jardim da Ordem. Segundo o líder comunitário Silmar Miranda de Souza quem mora na região tem que andar em torno de 5 quilômetros para ter acesso a escolas e serviços. "Não dá mais para ficar desse jeito".

Dessa forma, cerca de 50 pessoas – entre homens, mulheres e crianças – se reuniram para abrir a picaretas o acesso da Rua Claudio Rocha ao Jardim da Ordem, cerca de 150 metros. No local, torres de transmissão margeiam uma área verde. Conforme Souza, mais conhecido como "Moreno", existe um pedaço de asfalto que não é usado por ninguém. A solicitação é antiga. Souza vive no local há 12 anos e o pedido à prefeitura tem a mesma data. Com a construção das casas pela Cohab, eles acreditavam que a rua iria sair, comenta ele.

Os moradores reclamam do abandono com a região. Na Rua Claudio Rocha existe um poste de iluminação pública no meio do caminho. Na rua perpendicular, Av. das Torres, são mais de quatro. Os obstáculos levam os motoristas a ziguezaguear em uma estrada de chão batido. "É um perigo para as crianças que circulam por aqui", diz a moradora Fátima Gislaine Linhares.

A Cohab esteve no local e pediu que fosse formada uma comissão para dar início às conversações sobre o assunto.

CIC

Alguns quilômetros dali, outros moradores fazem um protesto silencioso. Um grupo de vizinhos da Rua Roberto Ozório de Almeida, próximo ao número 42, se reuniu, ontem pela manhã, e espalhou dezenas de pedras na estrada de terra. Na segunda-feira, prometem o fechamento dos dois lados da BR-116, próximo a Rodovia do Xisto, a fim de que as autoridades olhem para o problema do pó que são obrigados a conviver há anos.

Ao lado da rua, uma construtora particular constrói galpões para aluguel. Segundo um dos protestantes Pedro Grilo, 34 anos, a empresa já avisou que o asfalto será feito somente do lado esquerdo das edificações.

Sem rede de esgoto, o pó tem sido o principal problema em tempo seco. O motorista de ônibus da linha Kamir, Claudomiro Pereira dos Santos, sabe bem disso. Em velocidade lenta, escapando das pedras dispostas no trecho, Santos avisa que a situação tem que ter uma solução "É pó no calor e lama, na chuva. Alguém tem que fazer alguma coisa".

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