
O primeiro arcebispo de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho, morreu por volta da 1 hora de ontem, no Hospital Santa Casa, de insuficiência renal crônica, aos 97 anos. O religioso foi internado pela segunda vez em dois meses na noite de sábado e respirava com a ajuda de aparelhos. A prefeitura decretou luto oficial de três dias.
Dom Jaime foi velado ontem, a partir do meio-dia, na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória. O enterro será realizado hoje, logo após a missa de corpo presente, marcada para as 18h30. O corpo será sepultado na cripta da igreja que ajudou a construir.
A Arquidiocese informou, por meio da assessoria de imprensa, que as pessoas que quiserem prestar homenagens a dom Jaime substituam as típicas coroas de flores por doações em dinheiro para as obras sociais da Igreja. As doações podem ser feitas na Catedral.
Em 20 de julho, mesmo com a saúde debilitada e com dificuldades de locomoção, dom Jaime participou da missa de envio com os jovens peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Maringá.
Personalidade histórica
Dom Jaime Luiz Coelho foi uma das principais personalidades da história de Maringá. Paulista de Franca, foi designado bispo da então recém-criada diocese de Maringá em 1956. Com a elevação de Maringá a arquidiocese, foi promovido arcebispo metropolitano em 1980.
Deixou o comando da Igreja Católica na região de Maringá em 1997, quando foi sucedido por dom Murilo Krieger. Também fundou e dirigiu a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas, embrião da atual Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Além disso, dom Jaime teve participação fundamental em uma série de fatos importantes para o crescimento de Maringá, como a construção da Livraria Católica; a transformação do Albergue Noturno em Albergue Santa Luíza de Marillac; a criação do jornal diário Folha do Norte do Paraná; a implantação da TV católica 3.º Milênio, fundada pelo padre Gerhard Schneider; e a obra de desfavelamento do Núcleo Social Papa João XXIII.




