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Maringá - Morreu em Maringá, no sábado, o 11º macaco com suspeita de febre amarela na cidade. O sagui foi encontrado ainda com vida por um pedestre que passava pelo lado de fora do Parque do Ingá e foi levado para o Hospital Veterinário do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), mas não pôde ser salvo.

O Parque do Ingá foi interditado na quarta-feira como medida preventiva de segurança. "Quase 100% da população de Maringá já está vacinada, mas, como existe a visitação de muitos turistas e nós não conseguimos controlar se todos estão imunizados, resolvemos fechar o local até os exames serem concluídos", afirmou a diretora de Vigilância em Saúde da prefeitura, Rosângela Treichel.

Segundo o gerente do parque, Mauro Nani, a causa da morte dos primatas ainda não foi identificada, mas são grandes as chances de eles terem contraído febre amarela. "Fizemos a necropsia neles e constatamos que todos estavam com órgãos inchados e apresentavam hemorragia, que são alguns indícios da febre amarela, mas ressaltamos que pode ser outra doença", afirmou.

Amostras de sangue dos animais foram enviadas a laboratórios de São Paulo e do Pará para que os exames confirmassem qual doença levou os macacos à morte. O resultado deve ficar pronto na primeira semana de maio, e, até essa data, o parque deve permanecer fechado.

A suspeita de febre amarela em Maringá e a interdição do parque fizeram com que, na quinta-feira, a busca pela vacina dobrasse em Maringá. Já em Londrina foi lançada uma campanha de vacinação, o que fez com que a procura pela imunização aumentasse quatro vezes.

Febre amarela

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde da prefeitura de Maringá, existem dois tipos de febre amarela: a urbana (que foi erradicada do Brasil) e a silvestre (que atinge os macacos). A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos Haemagogus ou Sabethes, presente nas matas, e pode chegar aos homens. "A preocupação é quando esse mosquito, que atingiu o macaco, infecta também os humanos. Se isso acontecer, a febre amarela urbana pode voltar", explica.

A vacina contra a doença tem validade de dez anos e não deve ser repetida dentro desse período. "É uma dose muito forte e pode causar complicações de saúde, levando até a morte", avisa. Quem não se vacinou nos últimos dez anos pode procurar qualquer unidade básica de saúde da cidade. A dose contra febre amarela é gratuita.

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