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Edson começou na fotografia quando ainda era adolescente, ajudando o pai, que também era fotógrafo | Arquivo/Tribuna do Paraná
Edson começou na fotografia quando ainda era adolescente, ajudando o pai, que também era fotógrafo| Foto: Arquivo/Tribuna do Paraná

A imprensa paranaense perdeu um de seus maiores fotógrafos. Após mais de 20 dias internado, faleceu no domingo (26) o fotógrafo Edson Jansen, conhecido por seus trabalhos nos jornais Tribuna do Paraná, O Estado do Paraná e Gazeta do Povo. Mas sua contribuição para o jornalismo nunca será esquecida, principalmente por ter conquistado um Prêmio Esso com uma foto tirada durante uma invasão da Polícia Militar ao Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1968, em meio à ditadura.

Edson tinha 69 anos e morreu de complicações decorrentes de uma queda sofrida no dia 2 de agosto. Ele começou na fotografia quando ainda na adolescência. "Quando ele tinha uns 14 ou 15 anos, ele começou a ajudar nosso pai, que também era fotógrafo, com a revelação das fotos e, como uma brincadeira, começou a aprender a utilizar as câmeras e acabou se apaixonando pela fotografia", lembra a irmã Iara Regina Jansen. Além de trabalhar em diversos veículos da imprensa paranaense, pai e filho atuaram na comunicação do governo do estado. A curiosidade sempre foi uma de suas marcas registradas, o que lhe garantiu o Prêmio Esso. "Ele costumava correr na frente de todo mundo para ser o primeiro a tirar as fotos e foi o que aconteceu naquele dia. Na hora que estava trabalhando, não pensava em nada, não tinha medo de nada", conta Iara. Mesmo tendo em mãos uma foto diferente dos demais colegas, mostrando um estudante enfrentando a cavalaria da polícia com um estilingue, ele não acreditava que aquele trabalho poderia lhe render um prêmio. "Tiveram que insistir para ele inscrever a foto", revela a irmã. Por ser muito reservado e não gostar de festas, levou apenas o pai, a mãe e Iara, a caçula, na premiação. "Ele não falava muito, mas conseguimos perceber sua emoção."

Além de fotografar os fatos do dia a dia, Edson gostava de tirar fotos da natureza e, por isso, duas viagens ficaram marcadas em sua memória: um passeio de navio com os militares e uma excursão com os amigos pelo Rio Iguaçu. Recentemente, após se aposentar, gostava de pescar, fumar e ouvir música caipira.

O fotógrafo estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico desde 2 de agosto, com complicações de saúde em decorrência de um acidente doméstico recente. Faleceu com 69 anos e deixa a mãe Araci Jansen, a esposa Josefa Lucas Jansen, conhecida como Sonia, a enteada Elisangela, além de duas irmãs e um irmão.

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