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Mais duas vítimas do incêndio criminoso na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) morreram nesta sexta-feira (26) no Hospital Evangélico . Cláudio Roberto dos Santos morreu por volta das 2h25 e João Neto Ferreira dos Santos entrou em óbito às 8h25. Os dois tiveram falência múltipla dos órgãos causada pelas queimaduras. Outras duas vítimas do incêndio continuam internadas.

A primeira morte causada pelo crime foi a de Gerson Souza das Neves, 19 anos, na noite de segunda-feira (22). Duas das sete vítimas já tiveram alta e voltaram para a cidade natal, São Paulo, de acordo com a Delegacia de Homicídios, que investiga o caso.

A assessoria do Hospital Evangélico informou que há mais uma vítima do incêndio em estado muito grave na UTI. O rapaz é irmão de João Neto, morto nesta sexta-feira. Outra vítima está na ala de queimados do hospital com quadro clínico estável. Três suspeitos de terem causado o fogo também seguem internados na ala de queimados do hospital em situação estável.

Quarto suspeito

Um suspeito de 18 anos se apresentou à Delegacia de Homicídios na tarde desta sexta-feira (26), acompanhado de um advogado, para dizer que estava junto com os três suspeitos de incendiar a casa na noite do crime. À polícia, o rapaz disse que não sabia que os homens iam atear fogo na residência.

Ele contou que ficou do lado de fora, enquanto os incendiários entraram e cometeram o crime, com galões de gasolina. Ele afirma que foi até o local para evitar uma possível briga entre os dois grupos.

O quarto suspeito teve apenas uma queimadura leve no nariz, de acordo com a polícia. Ele vai ser autuado pela coautoria, segundo o delegado Rubens Recalcatti, e vai responder em liberdade.

Desaparecido

A polícia tenta localizar o homem identificado como Marquinhos, que teria tido um envolvimento sexual com uma menina de 13 anos. O fato motivou o crime, segundo a polícia. Ele não foi mais trabalhar desde o dia do incêndio e disse aos colegas que estava com medo de sofrer agressões de moradores da região.

Ainda não há intimação para ele comparecer à delegacia, mas o depoimento dele é essencial para o caso, conforme Recalcatti. "Precisamos ouvir esse homem porque ele foi o pivô de toda essa briga, pelo envolvimento dele com a adolescente", disse o delegado. Marquinhos deverá responder pelo crime de estupro de vulnerável, de acordo com a polícia, mas ainda não há investigação nesse sentido.

O crime

O incêndio criminoso aconteceu por volta de 18h45 do último sábado (20) numa república de funcionários de uma empreiteira. O motivo teria sido o envolvimento de um dos dez moradores da casa com uma garota de 13 anos moradora da vizinhança.

O irmão da garota, de 19 anos se entregou à polícia na segunda-feira como um dos responsáveis pelas chamas. Segundo a Delegacia de Homicídios (DH), ele foi à república na manhã de sábado, quando, durante uma discussão, teve o braço quebrado. O suspeito teria voltado à residência no início da noite acompanhado de outros dois parentes e ateado fogo com gasolina. Os ocupantes do local conseguiram fugir pelas janelas.

Segundo o delegado Recalcatti, a porta da casa foi incendiada para que os moradores não pudessem sair. Os suspeitos se queimaram durante o crime e foram encaminhados ao Hospital Evangélico. Em depoimento, segundo o delegado, a adolescente confirmou o romance com o morador da casa, que não estava presente quando as chamas começaram.

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