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Moradores de Santa Teresa realizaram uma celebração religiosa nesta manhã em memória aos seis mortos no acidente no tradicional bondinho do bairro, ocorrido há quase dois anos.

O culto, de caráter ecumênico, integra uma série de atividades programadas para marcar os dois anos da tragédia, que se completam na terça-feira. Ontem, os moradores e alguns turistas fizeram um protesto pela volta do serviço de bonde ao bairro. O serviço está suspenso desde o descarrilamento.

A Associação de Moradores de Santa Teresa pretende ir ao Leblon na terça-feira para marcar a passagem dos dois anos da tragédia. Está programado um protesto próximo à residência do governador Sérgio Cabral (PMDB).

Além de pedirem ao governo que os bondinhos voltem a trafegar pelo bairro, os moradores temem que os trens voltem em 2014, segundo a previsão do Estado, descaracterizados - ou reeditados em uma versão direcionada apenas para o uso dos turistas.

"Queremos que o bondinho seja mantido e que preserve suas características tradicionais. Adoramos os turistas, mas queremos que o bondinho reproduza a mistura presente no bairro", afirma Ana Lúcia Barros, vice-presidente da associação de moradores.

Para a manifestação de terça-feira, eles prometem levar uma réplica do bonde feita por um artista local.

"Esperamos ainda a ajuda do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que nos ajude a preservá-lo", completou Ana Lúcia, referindo-se ao tombamento do traçado de uma das linhas dos bondes, determinada pelo órgão no ano passado.

Durante a cerimônia ecumênica, um dos momentos de maior emoção ocorreu quando o motorneiro Nelson Correia da Silva foi mencionado. Ele foi uma das vítimas do acidente e era condutor dos passageiros de Santa Teresa havia 30 anos.

Embora não morasse no bairro, Silva era considerado personagem de Santa Teresa pela comunidade. Familiares dele compareceram à celebração. No bairro, há preocupação com a falta de assistência à família do trabalhador.

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