Um motorista de van passou por momentos de tensão na noite de sábado (4), em Maringá, Noroeste do Paraná. De acordo com a Polícia Militar (PM), dois taxistas credenciados teriam amassado as portas da van com chutes, quebrado o retrovisor, furado um dos pneus com uma faca e em seguida, perseguido o veículo pelas ruas da cidade. Um dos perseguidores teria, inclusive, apontado um revólver em direção ao motorista.
Ainda conforme a polícia, o motorista da van, que é de Sarandi e não tem autorização para circular a serviço em Maringá, teria sido contratado por um grupo de jovens para fazer o transporte até uma chácara da cidade, onde acontecia uma festa. No momento do embarque dos passageiros, ele teria sido abordado pelos taxistas, que não teriam gostado de perder a corrida.
Mesmo com o pneu dilacerado, o motorista da van arrancou e foi perseguido pela Avenida Colombo. Depois de furar o sinal vermelho por diversas vezes para se livrar dos perseguidores, eles foram abordados por um carro da PM que havia sido acionado por um dos passageiros. Um dos taxistas conseguiu escapar. Os outros envolvidos foram encaminhados à delegacia. O motorista da van registrou um Boletim de Ocorrências (BO). O taxista foi ouvido e liberado horas depois. Nenhuma arma foi encontrada com ele.
Na manhã desta segunda-feira (6), um grupo com cerca de 30 taxistas protestou pelas ruas de Maringá, exigindo que a prefeitura fiscalize com mais rigor o serviço clandestino. O manifesto não foi apoiado pelo sindicato dos taxistas. Conforme o presidente da categoria no município, Rodolfo Lombas, o transporte irregular é um problema, mas que precisa ser resolvido pelos órgãos responsáveis. “Para mim, os dois lados estão errados e qualquer tipo de violência é condenável.”
O secretário municipal de Trânsito e Segurança (Setrans) de Maringá, Ideval de Oliveira, afirma que os taxistas serão punidos e podem até perder a licença para trabalhar. “Cometeram vários atos infracionais e pagarão por isso. Não se faz justiça com as próprias mãos, eles deveriam ter acionado um agente [da Setrans]. O taxista não é policial e não tem poder de fiscalização”, pontua.
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